|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Mesmo com recuperação no final do pregão, Bovespa cai 3,7%
DA REPORTAGEM LOCAL
A Bovespa não escapou de
um novo dia de perdas. Ao menos, conseguiu algum alívio no
fim do pregão: depois de registrar queda de 6,35% na mínima
do dia, encerrou com baixa de
3,77%, aos 36.361 pontos. No
acumulado do ano, as perdas
passaram a ser de 43,08%.
No mercado de câmbio, não
houve tempo para recuperação.
O dólar teve elevada alta de
4,06% e terminou as operações
vendido a R$ 2,205.
Os dois últimos pregões esfriaram os ânimos dos investidores, que haviam se empolgado com a recuperação expressivas dos dias anteriores. Na semana passada, a Bovespa acumulou valorização de 18,3%.
Mas, nos últimos dois pregões,
sofreu recuo de 9,67%.
Em Wall Street, as ações tiveram baixas mais fortes. O índice Dow Jones, que reúne os 30
papéis de maior liquidez, terminou com perdas de 4,85%.
Com o enfraquecimento das
commodities, as ações da Petrobras e das siderúrgicas apareceram na lista das perdas
mais acentuadas -com isso, a
Bovespa não teve como escapar
da queda. A ação PN da Petrobras caiu 5,56%, refletindo a
queda do petróleo, que voltou a
se aproximar de US$ 60.
Até mesmo as ações de Itaú e
Unibanco, que haviam recebido novo ânimo após a fusão dos
bancos, caíram ontem. O papel
PN do Itaú caiu 6,17%, e o UNT
do Unibanco recuou 6,15%.
Custos com o câmbio
O dólar, que chegou a ser negociado abaixo de R$ 2,10 nesta
semana, voltou a sofrer pressão
relevante. Com o cenário externo menos animador ontem e
com o dólar recuperando terreno diante de outras divisas, a
moeda americana se afastou
novamente de suas mínimas
recentes. Vendido a R$ 2,205, o
dólar está com apreciação de
24,09% diante do real no ano.
"Basta o cenário externo demonstrar estresse para o dólar
subir de novo. Amanhã [hoje]
haverá dados do mercado de
trabalho americano, que podem gerar mais tensão", afirma
Miriam Tavares, diretora de
câmbio da corretora AGK. Para
a analista, se o mercado não
piorar muito, a expectativa ainda é que o dólar esteja próximo
de R$ 2 no fim do ano.
Ontem o Banco Central
atuou duas vezes, vendendo
dólares e realizando um leilão
de "swap" cambial. Apenas com
esses contratos de "swap"
-que rendem a variação do
câmbio-, o BC colocou quase
US$ 930 milhões no mercado.
Na última semana, a atuação
do BC no mercado de câmbio
somou US$ 7,2 bilhões. Desse
valor, US$ 500 milhões saíram
das reservas internacionais.
Até quarta-feira, as reservas do
país depositadas no exterior
eram de US$ 204,9 bilhões.
O presidente do BC, Henrique Meirelles, afirmou que a
instituição já usou US$ 40 bilhões para irrigar o mercado
com dólares e evitar a valorização excessiva da moeda. Do total, US$ 5,1 bilhões saíram das
reservas internacionais, em
vendas de dólares à vista. O restante foi disponibilizado por
leilões de "swap" e linhas de
crédito para exportadores.
Em audiência no Senado, na
quinta-feira passada, Meirelles
informou que a venda à vista de
moeda, recurso que saiu das reservas internacionais, somava
US$ 4,6 bilhões. A atuação total
do banco no mercado era de
US$ 32,8 bilhões naquela data.
Colaborou a Sucursal de Brasília
Texto Anterior: Ministra francesa elogia atuação do Brasil na economia Próximo Texto: Bolsa de Nova York tem a maior queda em dois dias desde 1987 Índice
|