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INFORMÁTICA
Chinesa negocia com a IBM
Papéis da Lenovo são suspensos na Bolsa
CLÁUDIA TREVISAN
DE PEQUIM
A negociação das ações da fabricante chinesa de computadores
Lenovo foi suspensa ontem na
Bolsa de Hong Kong em meio à
crescente especulação de que a
empresa negocia com a norte-americana IBM a compra de sua
unidade de computadores pessoais por até US$ 2 bilhões.
Se concretizado, o negócio
transformará a Lenovo na terceira maior empresa do setor, atrás
da Dell e da Hewlett-Packard.
A Lenovo é líder na venda de
computadores pessoais na China
e na região Ásia-Pacífico (com exceção do Japão), onde tem 27% e
12,6% do mercado, respectivamente.
A compra desse segmento da
IBM permitiria que a companhia
entrasse nos EUA e na Europa,
salto inimaginável hoje em razão
do desconhecimento da marca.
Fundada há 20 anos por um
grupo de pesquisadores chineses,
a Lenovo é a oitava maior fabricante de computadores pessoais
do mundo. Em 2003, a empresa
faturou US$ 2,6 bilhões e teve lucro líquido de US$ 130,4 milhões.
A negociação com a IBM se enquadra no movimento de crescente internacionalização das
marcas chinesas, que se aplica às
empresas públicas e privadas
-caso da Lenovo. A fabricante
de computadores começou a pavimentar o caminho para conquistar outros países em meados
do ano passado, quando abandonou sua antiga marca, "Legend",
para evitar conflitos de propriedade intelectual.
A China é o segundo maior
mercado do mundo para computadores e o que cresce mais rapidamente. No ano passado, foram
vendidos 13 milhões de unidades
no país e a previsão é que o volume cresça 20% neste ano.
A decisão da IBM de vender seu
negócio de computadores pessoais foi noticiada na sexta pelo
"New York Times". O jornal disse
que havia pelo menos mais uma
companhia interessada na compra, que poderia custar de US$ 1
bilhão a US$ 2 bilhões.
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