São Paulo, terça-feira, 08 de janeiro de 2002

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Presidente da Vasp é intimado a depor na Bolívia

DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente da Vasp, Wagner Canhedo, e seu filho Ulisses Canhedo serão intimados nos próximos dias a depor no Ministério Público de Cochabamba, na Bolívia. Eles são acusados de desvio de dinheiro do Lloyd Aéreo Boliviano, empresa da qual Wagner Canhedo deteve 50,3% da ações entre 1997 e 2001.
O procurador de Cochabamba Jaime Garcia afirmou ontem à Folha que está concluindo a elaboração dos papéis para intimar os dois empresários. "Eles são suspeitos de malversação de recursos e manipulação ilegal de ações", declarou Garcia. As estimativas são de que cerca de US$ 40 milhões foram desviados ilegalmente do Lloyd Aéreo Boliviano.
O sindicato dos trabalhadores do Lloyd Aéreo Boliviano e representantes de fundos de pensão da companhia aérea, ligados ao Estado boliviano, vêm acusando há meses os Canhedo de irregularidades na gestão administrativa.
As pressões foram tantas que em meados de novembro Canhedo anunciou a venda de suas ações para o empresário boliviano Ernesto Asbun, dono de cervejarias.
Oficialmente, Canhedo declarou que a venda das ações do LAB ocorreu porque ele pretendia se concentrar nos negócios da Vasp. Informou ainda que tinha colocado à venda os 49% das ações das Linhas Aéreas Ecuatorianas.
A assessoria da Vasp afirmou ontem que Canhedo e seu filho Ulisses não têm nada a declarar sobre as medidas a serem tomadas pelo Ministério Público da Bolívia. Segundo a Vasp, as contas do LAB foram aprovadas em assembléia geral dos acionistas da empresa. (LV)


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