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PRIVATIZAÇÃO
Banco apresenta patrimônio do grupo e dribla limitações para participar do leilão, marcado para maio
Safra entra na disputa pelo Banespa
RICARDO GRINBAUM
da Reportagem Local
O banco Safra deu um drible nas
limitações formais para participar
do leilão do Banespa e anunciou
oficialmente sua intenção de entrar na disputa.
O Safra apresentou ontem a papelada necessária para se qualificar ao leilão, marcado para maio.
Outros bancos com interesse na
privatização do Banespa têm até
hoje para apresentar a documentação ao Banco Central.
Na bolsa de apostas do mercado
financeiro especula-se que pelo
menos quatro bancos brasileiros
e quatro estrangeiros devem
apresentar sua documentação
hoje, no primeiro passo formal na
disputa pelo Banespa.
O Safra era um dos alvos mais
visados pela boataria do mercado.
Especulava-se que o Safra se associaria, já no credenciamento, a pequenas instituições ou a um grande banco estrangeiro. Até o momento, o Safra está correndo em
raia própria, sem sócios, garante a
assessoria do banco.
A iniciativa do Safra foi uma
surpresa porque, a princípio, havia a interpretação de que o banco
não poderia participar do leilão
sem um sócio. Segundo o edital
de pré-qualificação, só pode entrar na disputa quem tiver patrimônio superior a R$ 2,3 bilhões.
Como o patrimônio do Safra é
de menos de R$ 1 bilhão, imaginava-se que o banco teria de montar
um consórcio para atender às exigências do edital.
O Safra encontrou uma maneira
original de se qualificar. Ao se credenciar, o Safra não apresentou o
patrimônio do banco, mas de todo o grupo. Até o dia 29, o Banco
Central divulga a lista dos bancos
aprovados na pré-qualificação.
O grupo Safra tem um patrimônio muitas vezes maior do que o
exigido pelo edital do Banespa.
Além do banco brasileiro, o grupo
tem participações em empresas
de telefonia, como a BCP e a BSE.
Além disso, é dono de bancos nos
EUA, em Luxemburgo e nas Bahamas. Em Israel, o Safra é sócio
da Cellion, segunda maior empresa de telefonia do país.
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