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VEÍCULOS
Produção de janeiro foi 14,2% maior do que a de dezembro, segundo a Anfavea
Vendas crescem para as lojas, mas caem para o consumidor
FÁBIA PRATES
da Reportagem Local
Depois de ter vivido em 99 o
pior dos últimos seis anos, a indústria automobilística brasileira
inicia 2000 com recuperação tanto na produção como nas vendas,
embora fora das fábricas o mercado continue desaquecido.
As montadoras produziram
14,2% mais do que em dezembro,
as vendas para as concessionárias
também foram 7,12% superiores
(sem os importados) -ou 3,1%
com eles-, mas os consumidores
continuaram reduzindo o volume
de compras.
As vendas no varejo caíram
18,4% em janeiro sobre dezembro, mesmo com os revendedores
trabalhando com descontos sobre
a tabela original.
As vendas das concessionárias
para os consumidores somaram,
no mês passado, 86,1 mil unidades. Em dezembro, foram de
105,5 mil unidades.
No atacado (das fábricas para as
concessionárias), as vendas atingiram 78,7 mil unidades. Em dezembro, chegaram a 73,4 mil. Sobre janeiro de 99, o terceiro pior
desempenho daquele ano, houve
incremento de 5,1%.
Incluindo os veículos importados, as vendas chegaram a 88,2
mil unidades. No mês anterior, a
soma de nacionais e importados
foi de 85,4 mil veículos.
Isoladamente, o desempenho
dos importados (9,5 mil unidades) é o pior. Houve queda de
20,8% sobre dezembro e de 48,2%
sobre janeiro do ano passado. A
produção foi de 93,2 mil unidades, contra 81,6 mil em dezembro.
"Começamos com o pé direito",
disse o presidente da Anfavea
(Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores),
José Carlos Pinheiro Neto.
No ano passado, a indústria automotiva produziu 1,34 milhão de
unidades, com queda de 15,2%
sobre 98. As vendas caíram 9,5%
no mesmo período.
A Anfavea estima que as quatro
maiores fábricas instaladas no
Brasil (Volkswagen, Fiat, General
Motors e Ford) fechem o ano com
prejuízo de R$ 3 bilhões. Até setembro, a perda chegava a R$ 2,3
bilhões.
Mercado
A Anfavea projeta mercado de
1,19 milhão de veículos para este
ano, sem contabilizar os efeitos
que um programa de renovação
de frota provocaria no mercado.
O programa, em negociação entre montadoras e governo, pode
adicionar 142 mil unidades.
Pela proposta entregue ao governo pela Anfavea, a renovação
de frota atingiria, numa primeira
etapa, veículos com mais de 15
anos de vida, que seriam trocados
por um bônus de R$ 1.800 e encaminhados à reciclagem.
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