São Paulo, terça-feira, 08 de fevereiro de 2000


Envie esta notícia por e-mail para
assinantes do UOL ou da Folha
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

VEÍCULOS
Produção de janeiro foi 14,2% maior do que a de dezembro, segundo a Anfavea
Vendas crescem para as lojas, mas caem para o consumidor

FÁBIA PRATES
da Reportagem Local

Depois de ter vivido em 99 o pior dos últimos seis anos, a indústria automobilística brasileira inicia 2000 com recuperação tanto na produção como nas vendas, embora fora das fábricas o mercado continue desaquecido.
As montadoras produziram 14,2% mais do que em dezembro, as vendas para as concessionárias também foram 7,12% superiores (sem os importados) -ou 3,1% com eles-, mas os consumidores continuaram reduzindo o volume de compras.
As vendas no varejo caíram 18,4% em janeiro sobre dezembro, mesmo com os revendedores trabalhando com descontos sobre a tabela original.
As vendas das concessionárias para os consumidores somaram, no mês passado, 86,1 mil unidades. Em dezembro, foram de 105,5 mil unidades.
No atacado (das fábricas para as concessionárias), as vendas atingiram 78,7 mil unidades. Em dezembro, chegaram a 73,4 mil. Sobre janeiro de 99, o terceiro pior desempenho daquele ano, houve incremento de 5,1%.
Incluindo os veículos importados, as vendas chegaram a 88,2 mil unidades. No mês anterior, a soma de nacionais e importados foi de 85,4 mil veículos.
Isoladamente, o desempenho dos importados (9,5 mil unidades) é o pior. Houve queda de 20,8% sobre dezembro e de 48,2% sobre janeiro do ano passado. A produção foi de 93,2 mil unidades, contra 81,6 mil em dezembro.
"Começamos com o pé direito", disse o presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), José Carlos Pinheiro Neto.
No ano passado, a indústria automotiva produziu 1,34 milhão de unidades, com queda de 15,2% sobre 98. As vendas caíram 9,5% no mesmo período.
A Anfavea estima que as quatro maiores fábricas instaladas no Brasil (Volkswagen, Fiat, General Motors e Ford) fechem o ano com prejuízo de R$ 3 bilhões. Até setembro, a perda chegava a R$ 2,3 bilhões.

Mercado
A Anfavea projeta mercado de 1,19 milhão de veículos para este ano, sem contabilizar os efeitos que um programa de renovação de frota provocaria no mercado.
O programa, em negociação entre montadoras e governo, pode adicionar 142 mil unidades.
Pela proposta entregue ao governo pela Anfavea, a renovação de frota atingiria, numa primeira etapa, veículos com mais de 15 anos de vida, que seriam trocados por um bônus de R$ 1.800 e encaminhados à reciclagem.



Texto Anterior: Opinião econômica - Benjamin Steinbruch: Bye, bye empregos
Próximo Texto: Exportação deve chegar a US$ 4 bi
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.