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APLICAÇÕES
Troca da TR pelo IGP-M permitiria aumentar a remuneração da caderneta sem onerar o mutuário
Governo estuda alteração na poupança
da Sucursal do Rio
O governo federal estuda a possibilidade de alterar o indexador
da poupança. A proposta seria
trocar a TR (Taxa Referencial),
que baliza o custo da captação do
dinheiro pelos bancos no BC
(Banco Central), pelo IGP-M (Índice Geral de Preços ao Mercado).
A idéia é tornar os investimentos em poupança mais atraentes,
aumentar a captação de recursos
e desse modo ampliar a concessão
de crédito habitacional.
A informação foi dada ontem
pelo diretor de Normas do Banco
Central, Sérgio Darcy, após reunião do Grupo de Acompanhamento do Mercado de Capitais e
de Poupança de Longo Prazo, realizada no Rio de Janeiro.
Segundo Darcy, a captação de
recursos em caderneta de poupança no ano passado praticamente sofreu uma estagnação.
Já os fundos de investimento,
cuja rentabilidade é muito mais
elevada, captaram o dobro em relação ao ano anterior.
Os bancos são obrigados por lei
a utilizar 60% dos recursos em
poupança na concessão de crédito habitacional. Por essa razão, a
dificuldade na atração de recursos
para a poupança constitui uma
séria restrição ao Sistema Financeiro Habitacional e ao Sistema
Financeiro Imobiliário.
O indexador da poupança, contudo, é o mesmo usado na atualização das parcelas do crédito
imobiliário. Segundo Darcy, a
proposta em estudo conta com a
tendência de queda do IGP-M.
Para o diretor do Banco Central,
por ser o índice que mais se aproxima da inflação, que está em tendência de queda, o IGP-M não encareceria os novos contratos baseados no novo indexador.
Sem milagres
"Não é uma questão simples e
não tem solução milagrosa", disse
Darcy, enfatizando que se trata de
uma das propostas em estudo.
De acordo com ele, várias medidas estão em estudo para aumentar a rentabilidade da caderneta
de poupança no longo prazo e reduzir o custo do crédito para o tomador final (mutuário).
Darcy disse que o governo federal tem a intenção de reduzir à
metade o custo de impostos e taxas de um financiamento imobiliário, que podem chegar a 6% na
concessão de um crédito de R$ 60
mil a R$ 80 mil.
Também estão opinando no assunto os bancos e as construtoras,
informou o diretor do BC.
A expectativa da equipe econômica é que a queda dos juros leve
os investidores a procurarem
aplicações alternativas aos fundos
de investimentos.
Darcy informou que todas as
propostas em debate deverão estar definidas e virar um projeto a
ser apresentado entre o final de fevereiro e o início de março.
(ISABEL CLEMENTE)
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