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INCENTIVO
Nova vaga vale US$ 100 por mês na Argentina
VANESSA ADACHI
de Buenos Aires
O governo da Argentina pagará
US$ 100 por mês durante um ano
às pequenas e médias empresas
do país para cada novo emprego
gerado.
Essa é uma das principais medidas de uma lei de incentivo a pequenas e médias empresas que será enviada ao Congresso nos próximos dias.
Os subsídios serão concedidos a
empresas com menos de 40 funcionários. Existem 330 mil empresas na argentina nessa condição. O salário médio nessas empresas é de US$ 450.
Depois de dedicar seus dois primeiros meses de governo a equilibrar o déficit fiscal do país, com
medidas bastante impopulares,
como a elevação de impostos, o
presidente argentino, Fernando
de la Rúa, se volta agora à principal promessa de campanha: a
criação de empregos.
Além de uma reforma trabalhista enviada ao Congresso há duas
semanas, o governo quer atacar
especificamente o problema das
pequenas e médias empresas,
que, segundo dados oficiais, empregam 75% dos trabalhadores
do país. Grande parte, entretanto,
trabalha informalmente.
Com esse projeto de subsídios à
criação de emprego, o governo De
la Rúa quer justamente trazer trabalhadores para a formalidade.
A última década foi marcada
por forte deterioração das condições de trabalho no país. A população economicamente ativa é de
13 milhões de pessoas. Apenas 4,8
milhões de trabalhadores têm
emprego formal, ou seja, 36,8%
da PEA.
A taxa de desemprego, segundo
dados oficiais de outubro, está em
13,8%, ou seja, quase 1,8 milhão
de pessoas estão desempregadas.
O governo não informou quanto pretende gastar no programa
de subsídios. Inicialmente, os
subsídios serão pagos com um
crédito do Banco Interamericano
de Desenvolvimento.
Segundo o secretário de Emprego, Horacio Viqueira, o programa
poderia autofinanciar-se depois
de colocado em prática.
Estima-se que os impostos e
contribuições trabalhistas que
passarão a ser recolhidos pelos
empresários argentinos a partir
da criação de mais empregos formais poderiam financiar o novo
programa.
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