São Paulo, sexta-feira, 08 de fevereiro de 2008

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Petrobras se torna a 11ª do mundo em 2007

ÁLVARO FAGUNDES
DA REDAÇÃO

A confirmação das reservas do campo de Tupi foi um dos fatores que levaram a Petrobras a se tornar a 11ª maior empresa do mundo em valor de mercado no ano passado, a US$ 8 bilhões de estar entre as dez maiores.
A companhia brasileira terminou 2007 valendo US$ 241,67 bilhões em Bolsa, um aumento de 124,1% na comparação com 2006, quando era a 50ª maior, segundo estudo da Ernst & Young.
Para Carlos Miranda, sócio da consultoria, a internacionalização, o "dever de casa bem-feito" e os bons resultados são alguns dos motivos que ajudam a explicar o crescimento da estatal brasileira.
A valorização da empresa também se deve ao aumento do preço do barril de petróleo, que se aproximou dos US$ 100, e a um crescimento mundial das empresas petrolíferas estatais. A maior empresa do mundo em Bolsa foi a Petrochina, que ganhou cinco posições e superou a privada Exxon, a campeã do ano anterior. Outra estatal, a russa Gazprom, terminou 2007 entre as dez primeiras: foi a 7ª colocada.
As petrolíferas privadas estão tendo dificuldades para entrar em novos mercados, e a produção dos seus campos de exploração está caindo. Enquanto isso, a Petrobras anunciou o campo de Tupi, e a Shell, devido às pressões do governo russo, cedeu o controle do campo de Sakhalin 2º para a Gazprom.
A Vale foi a outra brasileira a entrar no ranking das cem maiores, na 39ª posição. Ela tinha valor de mercado de US$ 154,77 bilhões no final de 2007. Em 2006, a mineradora era a 105ª colocada e valia US$ 69,03 bilhões.
Miranda diz que os motivos para o crescimento da empresa são parecidos com os da Petrobras, como bons resultados e maior presença internacional. Nesse caso, a compra da mineradora canadense Inco, no final de 2006, ajudou no processo. "Ela começou a ser percebida como uma empresa global."
A lista também dá uma noção do impacto da crise do "subprime" (hipotecas de alto risco) no Citigroup. O banco americano, que tinha o quarto maior valor de mercado em 2006, aparecia apenas como a 47ª maior empresa no fim de 2007.


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