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TELEFONIA
Oferta da Oi para comprar BrT pode chegar a R$ 5,2 bilhões
ELVIRA LOBATO
DA SUCURSAL DO RIO
A Telemar Participações
se dispôs a pagar até R$ 5,2
bilhões pelo controle acionário da Brasil Telecom (BrT).
A informação foi dada pela
própria empresa, em comunicado ao mercado.
Até agora, a cifra conhecida era de R$ 4,8 bilhões. Segundo o comunicado, as negociações se dão numa faixa
de R$ 4,5 bilhões a R$ 5,2 bilhões e convergem para o valor médio, o que corresponde
a R$ 4,85 bilhões.
Segundo o comunicado, as
negociações entre os acionistas controladores da BrT
(fundos de pensão e Citigroup) e os do grupo Oi/Telemar continuam avançando, mas não estão concluídas. ""No momento, não há
certeza quanto ao valor final
do negócio de aquisição do
controle, caso as negociações
cheguem a bom termo", afirma o texto da empresa.
Ela reafirma que o negócio
envolve a compra do controle acionário da BrT pela Telemar Participações e não a
fusão das duas teles, o que
significa que as empresas podem seguir com estruturas
independentes, mas sob o
mesmo controle.
As negociações entre as
duas empresas começaram
em 2006 e vieram à tona
quando a Telemar tentou,
sem sucesso, fazer uma reestruturação societária de pulverização do controle, na
qual todas as ações preferenciais seriam convertidas em
ações ordinárias (com direito a voto). As reuniões entre
as partes se intensificaram a
partir do final de dezembro.
O prejuízo do Citigroup com
a crise financeira nos EUA
teria acelerado as conversas.
O controle acionário da
BrT pertence à Solpart Participações, que seria adquirida
pela Telemar Participações.
A Telemar, por sua vez, também teria uma reestruturação societária: os grupos La
Fonte e Andrade Gutierrez
Telecomunicações aumentariam sua participação atual
(de 10,275% cada um) e assumiriam o controle acionário
da holding, junto com o fundo de pensão Atlântico, dos
funcionários do grupo Oi/
Telemar, que tem 9%.
Na reestruturação, alguns
acionistas sairiam da Telemar -GP Investimentos,
Opportunity e, possivelmente, as seguradoras Brasil Veículos e Brasilcap - e o
BNDES reduziria sua participação de 25% para 15% em
prol dos fundos de pensão
Previ (Banco do Brasil), Petros (Petrobras) e Funcef
(Caixa Econômica Federal).
O ministro das Comunicações, Hélio Costa, chegou a
anunciar que os acionistas
das duas teles tinham chegado a um entendimento e que
o Planalto encaminharia, na
quarta-feira passada, um ofício à Anatel recomendando a
mudança do Plano Geral de
Outorgas da telefonia fixa,
para permitir a compra da
BrT pela Oi. A legislação
atual não permite que um
mesmo grupo detenha duas
concessões de telefonia fixa.
Mas o governo recuou e
preferiu aguardar um comunicado oficial dos acionistas
à Anatel, antes de propor a
mudança nas normas.
Segundo a Folha noticiou
anteontem, o partido Democratas anunciou que vai contestar na Justiça e no Cade
(Conselho Administrativo
de Defesa Econômica) a
compra da BrT pela Oi baseado em parecer jurídico
que considera a considera
ilegal por aumentar a concentração no mercado de telefonia fixa.
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