São Paulo, sexta-feira, 08 de fevereiro de 2008

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TELEFONIA

Claro cresce e registra o maior aumento de usuários no país

SIMONE CUNHA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A Claro, do grupo mexicano América Móvil, encostou no México, principal mercado da companhia, em aumento de número de usuários em 2007. O crescimento das linhas no Brasil foi de 31,5% no quarto trimestre em relação ao mesmo período de 2006, o maior da história da empresa no país. A empresa encerrou o ano com 30,2 milhões de clientes.
Em números absolutos, o incremento foi de 2,2 milhões no Brasil e 2,5 milhões no México no período.
"O Brasil passa a ter praticamente a mesma "net addictions" [adições líquidas de usuários] que o México, o que nunca havia ocorrido antes", disse o presidente da Claro, João Cox.
Em todo o ano passado, a operadora teve aumento de 6,35 milhões de linhas no país (26,6%) contra 6,8 milhões no México (15,8%).
"Em 2008, os analistas esperam crescimento do mesmo porte e não temos por que duvidar", disse Cox.
A receita líquida de serviços cresceu 23,1% no ano, para R$ 8,68 bilhões. A receita líquida total aumentou 19,3%, para US$ 9,99 bilhões. O número de usuários pós-pagos aumentou 44,7% em 2007, sendo 19% do total.
O Ebitda (lucro antes do pagamento de juros, taxas, depreciação e amortização) também foi o maior da história, R$ 675,3 milhões. O aumento de 134,4%, segundo a empresa, foi conseguido com corte de custos. "Gastamos menos na área de atendimento ao cliente do que em 2006", exemplificou Cox.

3G
Ele não mencionou aumento de investimentos no país em razão do resultado. O presidente-executivo da América Móvil, Daniel Hajj, disse anteontem que o Brasil deve ficar com US$ 700 milhões -mais os cerca de US$ 2,4 milhões das licenças 3G- dos US$ 4 bilhões previstos para a América Latina.
O presidente também disse que não foi definida a forma de pagamento das nove licenças que a operadora levou no leilão de 3G, a banda larga do celular, à Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).
A Claro foi a operadora que mais gastou com o leilão e pagou o maior ágio pelas licenças do novo serviço, 274%. Mas, em função do prazo -as operadoras têm até três anos para pagar-, o impacto das despesas não está presente nesse balanço.
Cox acredita que a nova tecnologia esteja disponível aos usuários a partir do fim do primeiro semestre.


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