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Após forte queda, estabilização do preço das commodities beneficia o Brasil
DE NOVA YORK
Os preços das commodities,
dos quais alguns países emergentes como o Brasil tanto dependem, vêm tentando encontrar um piso nos últimos dias.
Depois de despencar rapidamente a partir de setembro,
aparentemente há uma estabilização agora, com alguma tendência positiva.
A alta de 13,86% no índice
Bovespa neste início de 2009
reflete essa expectativa do mercado, já que quase 70% do índice da Bolsa brasileira é composto por ações de empresas
relacionadas a commodities.
Na sexta-feira, o fundo norte-americano BlackRock, com
cerca de US$ 3 bilhões aplicados nos mercados latino-americanos, previu uma alta superior a 30% no índice Bovespa
neste ano por conta principalmente das commodities.
"Há alguns números mais favoráveis vindos da China, reforçando a expectativa de alta
em commodities metálicas",
afirmou William Landers, gerente do BlackRock à TV
Bloomberg Brasil.
Na prática, porém, o desempenho e os preços no setor de
commodities deverão continuar acompanhando muito de
perto a evolução da produção
industrial, da demanda e do
emprego globais.
A boa notícia nessa estabilização ou tendência de alta moderada é que as commodities,
especialmente agrícolas, deram alguma trégua no campo
da inflação, permitindo que vários países, inclusive o Brasil,
acelerem o processo de redução na taxa básica de juros para
tentar reaquecer a economia.
Em relação ao petróleo, a expectativa é que não fique muito
tempo no patamar atual (US$
40 o barril) e que volte a subir
também moderadamente
-mais em razão de cortes na
produção do que do aumento
da demanda.
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