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ARENA DO MARKETING
Para sócio-diretor da Fischer América, segredo é ver produto com a cabeça do consumidor
'Planejamento é meio na publicidade'
da Reportagem Local
O segredo do
bom planejamento na publicidade é ver
o produto com
a cabeça do
consumidor,
não com a do
cliente ou a do publicitário.
A declaração é de Antonio Fadiga, sócio-diretor da Fischer
América Comunicação Total. Ele
falou na palestra "O planejamento em benefício da criação", na
última quarta, na volta do ciclo
"Arena do Marketing".
Além disso, segundo ele, é necessário que toda a comunicação
tenha o mesmo eixo, seja na publicidade, seja na imagem do
produto, e isso deve ser levado
em conta ao planejá-la.
"O planejamento não é um fim,
mas apenas um meio. Isso não
pode ser tirado da mente."
Para Fadiga, o mercado está
hoje mais exigente e os produtos
são mais semelhantes. "Só qualidade não adianta, porque as novidades chegam a todos rapidamente. O diferencial é o serviço."
"O bom planejamento é o que
permite surpreender o público-alvo pela atenção recebida."
Segundo Fadiga, é um erro tão
comum nessa área a falta total de
planejamento como o planejamento volumoso que não passa
de uma repetição do que já foi
conversado com o cliente.
"Às vezes também o planejamento mostra só a ótica do fabricante, o que ele acha do produto.
Logicamente, ele pensa que seu
produto é ótimo, que a concorrência não tem a mesma força
que ele etc."
Para evitar isso, Fadiga recomendou que o responsável pelo
planejamento esteja sempre
atento e observando como os
consumidores vêem o produto, e
ir criando hipóteses durante o
trabalho, verificando mais tarde
seu fundamento.
Para estruturar o planejamento, Fadiga relacionou cinco focos
a ser levados em conta. O primeiro é o que chamou de "genética
da marca", o que representa a
"personalidade" do produto, ou
seja, a imagem ou o valor que ele
passa.
"Esse valor central tem de estar
presente em todo o mix de comunicação. Isso pode ser feito por
meio de sinalizadores da marca,
como personagens associados a
ela, por exemplo", disse.
O consumidor deve ser levado
em conta prioritariamente, também. "É ele quem define o mercado agora. Faz diferença se você
fala aos valores do público."
Outro foco é a concorrência. "É
fundamental conhecer e analisar
a concorrência, e muitas vezes
ela é esquecida."
Se o mercado não tem um líder
definido, também é possível tentar capitalizar uma imagem de liderança, trazendo qualidades da
categoria como suas próprias.
A última alternativa é tentar
atingir um setor segmentado do
mercado.
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