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TENDÊNCIAS INTERNACIONAIS
UE castiga Renault por demissões
das agências internacionais
O anúncio do fechamento de
uma fábrica na Bélgica da multinacional automobilística francesa
Renault foi recebido com greves
em todas as suas unidades da Europa. A própria União Européia
(UE) decidiu agir e anunciou que
retira os subsídios regionais à empresa, que pretendia utilizá-los na
construção de uma planta na Espanha.
Na Espanha mesmo a empresa
enfrentou greves ontem nas unidades da Fasa Renault, filial do
grupo que emprega 12 mil pessoas.
Pararam as fábricas de Valladolid,
Valência, Sevilha e Madri. O presidente da Renault, Louis Schweitzer, reiterou ontem que o fechamento da fábrica belga é necessário para a sobrevivência da empresa. O grupo emprega um total de
140 mil trabalhadores. Além do fechamento na Bélgica, onde 3.100
empregos serão sacrificados, a
empresa pretende demitir 2.700
pessoas na França.
A comissária européia encarregada de subsídios regionais, Monika Wulf-Mathies, criticou a utilização dos fundos de ajuda a regiões menos desenvolvidas da UE
para relocalizar plantas industriais. Ela afirmou que é necessário
traçar uma linha divisória entre o
princípio da ``discriminação positiva'' das regiões mais pobres pela
UE e o abuso das empresas na utilização dessas vantagens.
Já o governo espanhol suspendeu seu pedido de autorização à
Comissão Européia de uma ajuda
de US$ 13 milhões para a instalação da Renault em Valladolid. Alegando ``razões técnicas'', os espanhóis anunciaram a decisão depois que o comissário belga responsável pela livre concorrência,
Karel van Miert, anunciou que iria
bloquear o pedido na UE.
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