São Paulo, sexta-feira, 08 de março de 2002

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RIQUEZA AMERICANA

Greenspan faz seu discurso mais positivo desde que país entrou em recessão; mercado prevê aumento de juros

EUA estão bem encaminhados, afirma Fed

DA REDAÇÃO

Em seu discurso mais positivo desde que os EUA entraram em recessão, no ano passado, o presidente do Federal Reserve (Banco Central norte-americano), Alan Greenspan, afirmou ontem que a expansão econômica está "bem encaminhada".
Falando à Comissão de Finanças do Senado dos EUA, Greenspan fez uma análise mais otimista do que a feita na Câmara, na semana passada. Ainda que ontem tenha feito menos ressalvas à recuperação, o tom do testemunho foi praticamente o mesmo.
"Evidências recentes sugerem, cada vez mais, que a expansão está bem encaminhada, ainda que uma série de influências particulares a esse ciclo econômico provavelmente tornarão o ritmo da recuperação menos intenso", afirmou o presidente do Fed.
Com havia feito na semana passada, Greenspan disse ontem que o Fed espera, para este ano, um crescimento econômico entre 2,5% e 3%. No ano passado, o PIB (Produto Interno Bruto) norte-americano se expandiu em 1,2%, o ritmo mais fraco desde 1991, quando o país enfrentou o seu último ciclo recessivo.
As boas notícias econômicas e o recente otimismo de Greenspan já fazem com que muitos economistas estimem a taxa de juros seja elevada em breve. O aumento poderia ocorrer no próximo dia 19, quando ocorre a reunião do conselho de política do Fed.
Ao longo do ano passado, o Federal Reserve fez 11 cortes nos juros, derrubando-os para 1,75% -a menor taxa em 40 anos e praticamente abaixo da inflação. Para analistas, o medo de injetar combustível na inflação deve fazer com que as autoridades monetárias do país comecem a aumentar os juros.
Embora mais decidido em sua análise sobre a recuperação, Greenspan mostrou-se preocupado com alguns aspectos. O investimento das empresas, destacou, continua tímido.
"O investimento no setor de comunicações, cujo excesso de capacidade era substancial, ainda mostra poucos sinais de que esteja se recuperando", disse o presidente do Fed. "Alguns outros setores, como o de aviação, atingido pela queda nas viagens, devem permanecer fracos neste ano."



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