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Ministério quer checar
serviço da Eletropaulo
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
O Ministério de Minas e Energia
irá solicitar nos próximos dias um
relatório completo à Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica)
sobre a qualidade dos serviços
prestados pela distribuidora paulista Eletropaulo. A companhia
atravessa uma crise financeira e
sua controladora, a AES, está inadimplente com o BNDES (Banco
Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social).
O secretário-executivo do ministério, Maurício Tolmasquim,
afirmou que o governo quer saber
se as dificuldades de caixa da
companhia já afetaram os consumidores e, caso existam problemas, qual é a intensidade deles.
Segundo Tolmasquim, o pedido
à Aneel é uma medida de caráter
preventivo e visa a proteger os
clientes da distribuidora, que
atende à Grande São Paulo.
"Queremos saber até que ponto
a crise financeira da empresa está
comprometendo a situação dos
serviços prestados."
Para Tolmasquim, garantir a
qualidade da distribuição é o que
cabe ao Ministério de Minas e
Energia no caso da Eletropaulo.
Ele afirmou que a questão financeira não é de responsabilidade
do ministério, mas sim do
BNDES. Será o banco, diz Tolmasquim, que tomará a decisão
sobre a dívida da AES.
A AES deve US$ 1,131 bilhão ao
BNDES. O valor é referente a dois
empréstimos. Na sexta-feira passada, o banco recusou proposta
da AES para a rolagem até 15 de
abril de uma parcela da dívida
equivalente a US$ 330 milhões,
que vencia naquela data (28 de fevereiro). A AES está inadimplente
com outra parcela da dívida -de
US$ 85 milhões-, vencida no dia
31 de janeiro.
Se o BNDES executar as garantias do empréstimo, que são as
ações da própria Eletropaulo, receberá a preços atuais dos papéis
na Bolsa cerca de US$ 100 milhões
-bem menos do que o valor emprestado.
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