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São Paulo, sábado, 08 de março de 2003

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Ministério quer checar serviço da Eletropaulo

PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO

O Ministério de Minas e Energia irá solicitar nos próximos dias um relatório completo à Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) sobre a qualidade dos serviços prestados pela distribuidora paulista Eletropaulo. A companhia atravessa uma crise financeira e sua controladora, a AES, está inadimplente com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
O secretário-executivo do ministério, Maurício Tolmasquim, afirmou que o governo quer saber se as dificuldades de caixa da companhia já afetaram os consumidores e, caso existam problemas, qual é a intensidade deles.
Segundo Tolmasquim, o pedido à Aneel é uma medida de caráter preventivo e visa a proteger os clientes da distribuidora, que atende à Grande São Paulo.
"Queremos saber até que ponto a crise financeira da empresa está comprometendo a situação dos serviços prestados."
Para Tolmasquim, garantir a qualidade da distribuição é o que cabe ao Ministério de Minas e Energia no caso da Eletropaulo. Ele afirmou que a questão financeira não é de responsabilidade do ministério, mas sim do BNDES. Será o banco, diz Tolmasquim, que tomará a decisão sobre a dívida da AES.
A AES deve US$ 1,131 bilhão ao BNDES. O valor é referente a dois empréstimos. Na sexta-feira passada, o banco recusou proposta da AES para a rolagem até 15 de abril de uma parcela da dívida equivalente a US$ 330 milhões, que vencia naquela data (28 de fevereiro). A AES está inadimplente com outra parcela da dívida -de US$ 85 milhões-, vencida no dia 31 de janeiro.
Se o BNDES executar as garantias do empréstimo, que são as ações da própria Eletropaulo, receberá a preços atuais dos papéis na Bolsa cerca de US$ 100 milhões -bem menos do que o valor emprestado.


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