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CURTO-CIRCUITO
Fator X será usado
Tarifa de energia no RS pode subir até 24%
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
As tarifas de energia elétrica podem subir até 24,14%, em abril,
para 1,9 milhão de consumidores
no Rio Grande do Sul. Os aumentos são resultado do processo de
revisão tarifária periódica das distribuidoras AES Sul e RGE, divulgado ontem pela Aneel (Agência
Nacional de Energia Elétrica).
De acordo com os cálculos da
agência, a revisão tarifária significará aumento de 24,14% nas tarifas dos clientes da RGE e de
17,13% para os clientes da AES
Sul. Os percentuais e os critérios
usados na revisão tarifária ainda
serão submetidos à consulta pública e poderão ser alterados.
A agência definiu também o tamanho do redutor do IGP-M que
será aplicado nos reajustes normais dessas distribuidoras, ano
que vem. O redutor, chamado de
Fator X, será de 1,81% para a AES
Sul e de 1,72% para a RGE.
Ou seja, em 2004 o IGP-M não
poderá ser usado integralmente
para reajustar parte dos custos
das distribuidoras. O Fator X
também pode mudar após as
consultas públicas.
Até a sua aplicação, no reajuste
do ano que vem, o redutor do
IGP-M poderá aumentar em até
um ponto percentual. Isso acontece porque parte do Fator X é determinada pela pesquisa de satisfação do usuário. Distribuidoras
mal avaliadas por seus usuários
podem ter o Fator X aumentado
em até um ponto percentual.
A revisão tarifária é um processo que acontece, para a maior parte das distribuidoras, a cada quatro anos. A revisão substituiu o
reajuste anual. Neste ano, 17 distribuidoras passarão pelo processo de revisão tarifária periódica.
A Aneel já anunciou os aumentos da CPFL (SP), 18,77%, da Cemat (MT), 24,99%, da Cemig
(MG), 27,49%, e da Enersul (MS),
de 42,64%. Esses percentuais ainda podem mudar antes do reajuste, marcado para abril.
Fator X
Para compensar a alta expressiva do IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado) nos últimos meses
e reduzir o impacto nos reajustes
das tarifas de energia elétrica, o
Ministério de Minas e Energia estuda ampliar os descontos previstos pelo Fator X, que é um redutor
desses aumentos.
Hoje, o Fator X já desconta os
ganhos de produtividade obtidos
pelas distribuidoras dos reajustes
e das revisões tarifárias concedidas pela Aneel (Agência Nacional
de Energia Elétrica).
Segundo o secretário-executivo
do Ministério de Minas e Energia,
Maurício Tolmasquim, uma idéia
em análise é que o Fator X reduza
também "os ganhos reais" que as
concessionárias tiveram com a inflação acumulada no período que
abrange a correção das tarifas.
Tolmasquim não citou diretamente como seria a nova fórmula
de cálculo do Fator X, mas um
modo de descontar esses "ganhos
reais" seria diminuir dos reajustes
o quanto o IGP-M subiu acima
dos custos das companhias.
Essa mudança, ainda em análise, deve entrar em vigor antes da
reformulação do modelo do setor
elétrico, cujas primeiras medidas
serão anunciadas em meados
deste ano.
Colaborou a Sucursal do Rio
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