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COMBUSTíVEIS
Hidratado tem queda de 3,1% na semana, mas anidro manteve preços estáveis, revela pesquisa do Cepea
Preço do álcool cai nas usinas e na bomba
MAURO ZAFALON
DA REDAÇÃO
O preço do álcool hidratado voltou a cair nesta semana nas usinas
paulistas. O litro foi negociado a
R$ 1,1586 na porta das usinas,
com queda de 3,1% em relação à
média da semana anterior. O preço não inclui os impostos.
Já o custo do álcool anidro
-que é misturado à gasolina-
manteve-se estável na usina em
R$ 1,2158 por litro. Os dados são
do Cepea (Centro de Estudos
Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP.
O álcool também caiu nos postos do país: 0,35%, segundo pesquisa da ANP (Agência Nacional
de Petróleo). O litro foi comercializado em média a R$ 2,002, segundo a ANP, ante R$ 2,009 na semana anterior. Em São Paulo, o
preço nos postos caiu 0,27%, segundo pesquisa da Folha.
Antonio de Padua Rodrigues,
diretor técnico da Unica, diz que a
estabilidade dos preços do anidro
e a queda do hidratado já era esperada. "Era um absurdo o preço
do hidratado superar o do anidro", diz ele. Além de ter uma
condição alcoólica maior, o anidro tem maior custo de produção,
segundo o diretor da Unica.
Rodrigues acredita que o preço
do anidro permanecerá nesse patamar por pelo menos mais duas
semanas antes de começar a cair
devido ao início da safra.
Quanto ao hidratado, ele prevê
novas quedas. O anidro custa 5%
mais que o hidratado. Nas próximas semanas deverá custar entre
8% e 10% mais, diz Rodrigues.
Para o diretor da Unica, os preços do álcool têm de cair mais
porque ainda não competem com
a gasolina. No Rio Grande do Sul,
por exemplo, os preços do álcool
chegam a superar os da gasolina
na bomba dos postos.
Nas próximas semanas, quando
mais usinas iniciarão a safra, a
oferta de álcool subirá com maior
ímpeto. Em março, as 33 usinas
que anteciparam as atividades
produziram 40 milhões de litros.
No ano passado, apenas 13 usinas
haviam antecipado a produção,
somando 19 milhões de litros,
conforme dados da Unica.
A estimativa de melhor oferta
nas próximas semanas e a colocação de estoques da safra anterior
no mercado impedem novas altas
nos preços dos combustíveis para
os consumidores paulistanos.
Colaborou a Folha Online, no Rio
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