São Paulo, sábado, 08 de abril de 2006

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COMBUSTíVEIS

Hidratado tem queda de 3,1% na semana, mas anidro manteve preços estáveis, revela pesquisa do Cepea

Preço do álcool cai nas usinas e na bomba

MAURO ZAFALON
DA REDAÇÃO

O preço do álcool hidratado voltou a cair nesta semana nas usinas paulistas. O litro foi negociado a R$ 1,1586 na porta das usinas, com queda de 3,1% em relação à média da semana anterior. O preço não inclui os impostos.
Já o custo do álcool anidro -que é misturado à gasolina- manteve-se estável na usina em R$ 1,2158 por litro. Os dados são do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP.
O álcool também caiu nos postos do país: 0,35%, segundo pesquisa da ANP (Agência Nacional de Petróleo). O litro foi comercializado em média a R$ 2,002, segundo a ANP, ante R$ 2,009 na semana anterior. Em São Paulo, o preço nos postos caiu 0,27%, segundo pesquisa da Folha.
Antonio de Padua Rodrigues, diretor técnico da Unica, diz que a estabilidade dos preços do anidro e a queda do hidratado já era esperada. "Era um absurdo o preço do hidratado superar o do anidro", diz ele. Além de ter uma condição alcoólica maior, o anidro tem maior custo de produção, segundo o diretor da Unica.
Rodrigues acredita que o preço do anidro permanecerá nesse patamar por pelo menos mais duas semanas antes de começar a cair devido ao início da safra.
Quanto ao hidratado, ele prevê novas quedas. O anidro custa 5% mais que o hidratado. Nas próximas semanas deverá custar entre 8% e 10% mais, diz Rodrigues.
Para o diretor da Unica, os preços do álcool têm de cair mais porque ainda não competem com a gasolina. No Rio Grande do Sul, por exemplo, os preços do álcool chegam a superar os da gasolina na bomba dos postos.
Nas próximas semanas, quando mais usinas iniciarão a safra, a oferta de álcool subirá com maior ímpeto. Em março, as 33 usinas que anteciparam as atividades produziram 40 milhões de litros. No ano passado, apenas 13 usinas haviam antecipado a produção, somando 19 milhões de litros, conforme dados da Unica.
A estimativa de melhor oferta nas próximas semanas e a colocação de estoques da safra anterior no mercado impedem novas altas nos preços dos combustíveis para os consumidores paulistanos.


Colaborou a Folha Online, no Rio

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