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Construção indica que o consumo está aquecido
DA SUCURSAL DO RIO
Os reajustes dos serviços e
materiais de construção sinalizam que o consumo no país está aquecido. O INCC (Índice
Nacional da Construção Civil)
subiu de 0,40% em fevereiro
para 0,66% em março. O índice
acumula altas de 1,45% no ano
e de 6,69% em 12 meses, segundo a Fundação Getulio Vargas.
Com fortes pressões de custo
de insumos básicos, como minério de ferro, a indústria já comercializa alguns produtos
com altas expressivas. É o caso
do aço, cujo preço médio subiu
3,19% nas lojas e distribuidoras
de material de construção em
março. Outras altas de destaque foram para esquadrias
(1,02%) e madeira (2,10%).
O conjunto dos materiais e
serviços da construção subiu,
em março, 0,96% -0,75% em
fevereiro. A alta em 12 meses
chegou a 7,24%. Já o custo da
mão-de-obra passou de 0,01%
em fevereiro para 0,32% em
março. Em 12 meses, 6,07%.
Todos esses dados sinalizam
o setor imobiliário, com número recorde de lançamentos para
todas as faixas de renda. Segundo Carlos Thadeu de Freitas Filho, da corretora SLW, o aquecimento da indústria da construção é reflexo da maior oferta
de crédito habitacional -algo
que o Banco Central espera
conter um pouco com um provável aumento dos juros.
Na ponta do consumidor final, o efeito mais simbólico e
representativo da alta dos preços das commodities agrícolas
é o aumento do pão francês,
item essencial na mesa do brasileiro. Somente em março, o
produto subiu 2,69%, a mais alta taxa desde dezembro de
2002, quando o país atravessava os reflexos da crise de confiança provocada pela eleição
presidencial.
O pão sobe empurrado pelo
aumento do trigo. O cereal teve
alta de 13,38% em março. Em
12 meses, acumula aumento de
45,69% em decorrência da elevação das cotações externas.
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