São Paulo, terça-feira, 08 de abril de 2008

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Construção indica que o consumo está aquecido

DA SUCURSAL DO RIO

Os reajustes dos serviços e materiais de construção sinalizam que o consumo no país está aquecido. O INCC (Índice Nacional da Construção Civil) subiu de 0,40% em fevereiro para 0,66% em março. O índice acumula altas de 1,45% no ano e de 6,69% em 12 meses, segundo a Fundação Getulio Vargas.
Com fortes pressões de custo de insumos básicos, como minério de ferro, a indústria já comercializa alguns produtos com altas expressivas. É o caso do aço, cujo preço médio subiu 3,19% nas lojas e distribuidoras de material de construção em março. Outras altas de destaque foram para esquadrias (1,02%) e madeira (2,10%).
O conjunto dos materiais e serviços da construção subiu, em março, 0,96% -0,75% em fevereiro. A alta em 12 meses chegou a 7,24%. Já o custo da mão-de-obra passou de 0,01% em fevereiro para 0,32% em março. Em 12 meses, 6,07%.
Todos esses dados sinalizam o setor imobiliário, com número recorde de lançamentos para todas as faixas de renda. Segundo Carlos Thadeu de Freitas Filho, da corretora SLW, o aquecimento da indústria da construção é reflexo da maior oferta de crédito habitacional -algo que o Banco Central espera conter um pouco com um provável aumento dos juros.
Na ponta do consumidor final, o efeito mais simbólico e representativo da alta dos preços das commodities agrícolas é o aumento do pão francês, item essencial na mesa do brasileiro. Somente em março, o produto subiu 2,69%, a mais alta taxa desde dezembro de 2002, quando o país atravessava os reflexos da crise de confiança provocada pela eleição presidencial.
O pão sobe empurrado pelo aumento do trigo. O cereal teve alta de 13,38% em março. Em 12 meses, acumula aumento de 45,69% em decorrência da elevação das cotações externas.


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