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Bolsas caem com perspectiva de balanços ruins nos EUA
NY perde 2,3%, e Bovespa,
0,8%; dólar fecha a R$ 2,217
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Os mercados sofreram mais
um dia de perdas. Para a Bovespa, o resultado do pregão foi
uma baixa de 0,78% -desempenho menos decepcionante
do que o registrado no exterior.
A safra de balanços do primeiro trimestre do ano começou ontem nos EUA (leia texto
à pág. B9) e, ante as perspectivas negativas para os resultados, trouxe certo nervosismo
ao mercado. O índice Dow Jones, que reúne 30 das mais importantes ações norte-americanas, encerrou com queda de
de 2,34%.
Na Europa, dados econômicos negativos levaram as Bolsas
a caírem: Londres perdeu
1,58%, Paris recuou 0,94%, e
Frankfurt, 0,63%.
O PIB (Produto Interno Bruto) na zona do euro, cuja medição final foi apresentada ontem, teve retração de 1,6% no
quarto trimestre de 2008, resultado um pouco pior que o esperado. Outro número relevante conhecido foi o da produção
industrial britânica, que terminou fevereiro com recuo de 1%.
"A queda da Bovespa nesses
dois pregões foi até pequena
diante do forte ritmo de alta
que vinha registrando. Não
acho que esses quedas configurem uma nova tendência, de
baixa. Essa parada acaba por levar os investidores a respirarem e avaliarem [suas aplicações] um pouco", afirma Hersz
Ferman, economista da UM Investimentos.
O recuo desta semana não
abalou os resultados do índice
Ibovespa (que agrupa as 65
ações de mais negociadas), que
acumula expressiva valorização de 7,08% no mês. No ano,
os ganhos alcançam os 16,71%,
o que faz da Bovespa uma das
Bolsas com melhor resultado
em 2009. O Dow Jones registra
depreciação de 11,24% no ano, e
a Bolsa de Londres tem perdas
de 11,36% no período.
O balanço da Alcoa, divulgado ontem após o encerramento
dos pregões, mostrou que a
companhia teve prejuízo de
US$ 497 milhões no trimestre.
As ações da gigante do alumínio
caíram 1,5%. Quem teve desempenho pior no dia foi a GM,
cujas ações recuaram 11,9%, em
meio a novos comentários de
que estaria mais próxima da
concordata (leia à pág. B9).
O recuo do petróleo para baixo da barreira dos US$ 50 foi
outro evento que prejudicou os
mercados ontem. O barril do
produto registrou baixa de
3,72%, para US$ 49,15, em meio
ao fortalecimento das expectativas de novo aumento dos estoques norte-americanos de
petróleo e derivados. Esse cenário afetou as ações das petrolíferas. Em Wall Street, os papéis da Chevron recuaram
2,1%, e os da Exxon Mobil tiveram baixa de 1,9%.
Na Bovespa, as ações da Petrobras recuaram 1,05% (PN) e
0,91% (ON). A ação PNA da Vale, a segunda mais negociada da
Bolsa, caiu 1,50%.
A Bolsa acompanhou de perto o rumo das ações preferenciais da Petrobras -as mais negociadas do mercado local-,
que chegaram a subir 0,39% no
início da tarde. O índice Ibovespa marcou alta de 0,69% no pico do pregão.
"A Bovespa conseguiu hoje
[ontem] trabalhar um pouco
descolada do mercado externo,
tendo registrado alta em parte
do pregão", diz Ferman.
Um dos pontos de sustentação da Bovespa tem sido a entrada de capital externo. Em
março, o balanço dos estrangeiros na Bolsa teve saldo positivo
de R$ 1,44 bilhão -o melhor
número desde abril de 2008.
Nos primeiros três pregões
deste mês, o balanço estava positivo em R$ 1,83 bilhão.
O dólar, após muita oscilação
(superou os R$ 2,24 na máxima), acabou por encerrar as
operações com leve baixa de
0,05%, vendido a R$ 2,217.
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