São Paulo, quarta-feira, 08 de maio de 2002

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CONJUNTURA

Números da CNI e da Anfavea apontam que o primeiro trimestre foi praticamente perdido para a economia

Retomada econômica fica para o fim do ano

DA REDAÇÃO

Os principais indicadores da atividade econômica medidos por instituições privadas apontam que o primeiro trimestre foi praticamente perdido. A recuperação da economia por ora está adiada para o segundo semestre.
Ontem, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) anunciou que as vendas da indústria caíram 1,35% nos primeiros três meses do ano, em relação ao mesmo período de 2000. A venda de automóveis caiu 14,7% de janeiro a abril, segundo a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores). Até as vendas de TVs estão 7% menores em relação à Copa de 1998.
No início de 2000 a economia estava aquecida, o que em parte explica números tão ruins para este começo do ano. Mas os analistas do setor privado esperavam a retomada econômica já para o início do segundo trimestre. Mas tanto a Fiesp como a CNI acreditam que a retomada da atividade industrial ficou para depois de junho.
A interrupção da queda da taxa básica de juros é o principal motivo da deterioração de expectativas. A queda das exportações não contribui para atenuar o pessimismo. No início do ano, a média das melhores estimativas do mercado, recolhidas pelo Banco Central, era de um saldo de US$ 6 bilhões para a balança comercial, contra US$ 4,3 bilhões agora.
As expectativas pouco otimistas não vêm apenas da indústria. Ontem, em palestra no Fórum Nacional, Affonso Pastore, professor da USP e ex-presidente do Banco Central, afirmou que a percepção de piora do cenário macro-econômico brasileiro contribuiu para a recente elevação do risco-país no mercado internacional.
Segundo Pastore, é errado acreditar que os bancos estrangeiros rebaixaram suas recomendações de investimentos no Brasil só por causa do avanço de Luiz Inácio Lula da Silva, nas pesquisas.



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