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São Paulo, quinta-feira, 08 de maio de 2003

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ANO DO DRAGÃO

IPC-Fipe ficou em 0,57% em abril, o menor nível desde junho de 2002; ICV do Dieese foi de 1,39% no mês

SP tem menor taxa de inflação em 10 meses

MAURO ZAFALON
DA REDAÇÃO

A inflação mudou de patamar e voltou ao nível do final do primeiro semestre do ano passado, período anterior às turbulências pré-eleitorais do mercado. No mês passado, os preços subiram 0,57% em São Paulo, a menor taxa desde o 0,31% de junho de 2002.
A inflação vem perdendo ritmo desde janeiro, segundo Heron do Carmo, coordenador do Índice de Preços ao Consumidor da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).
Apesar da desaceleração, a inflação acumulada deste ano atinge 5,13%, contra 0,96% no mesmo período de 2002. Nos últimos 12 meses, a inflação foi de 14,45% em São Paulo.
O economista da Fipe diz que a partir de agora o cenário da inflação é bem mais favorável. Para este mês e para o seguinte, a previsão é de taxas de 0,3%. "É o que já aponta o núcleo inflacionário", diz Heron.
O índice ponta a ponta do núcleo mostra uma inflação de 0,29%. Esse núcleo compara os preços médios da última semana de março com os da última do mês de abril.
O economista da Fipe diz que as taxas de inflação caminham para as metas estabelecidas. A taxa de abril deste ano a março de 2004 deverá ficar próxima de 8,5%. Já em 2004, a inflação volta para os 5,5%, na avaliação de Heron.
A partir de setembro ficará mais claro para o mercado o quanto a inflação vai recuar no acumulado de 12 meses, diz o economista da Fipe. A partir daquele mês, o Banco Central deverá acelerar mais a redução nas taxas de juros porque as perspectivas de queda nas taxas acumuladas de 12 meses mostrará a defasagem entre juros e inflação.

Custo de vida
O Dieese também divulgou ontem dados de inflação referentes a abril. Segundo a entidade, os preços subiram 1,39% em São Paulo, acima do 1,06% de março. Nos últimos 12 meses, o custo de vida dos paulistanos medido pelo ICV-Dieese teve alta de 18,13%.
As pressões vieram basicamente dos alimentos, que subiram 1,76%, e do grupo habitação, com alta de 2,45% -principalmente devido ao aumento no salário mínimo, que elevou os custos com mão-de-obra nos condomínios e nos serviços domésticos.


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