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Cotação a R$ 3 "facilita as contas", diz Furlan
EDUARDO SIMANTOB
DE GENEBRA
O ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, declarou ontem, durante visita à sede
da OMC (Organização Mundial
do Comércio), em Genebra (Suíça), que o que mais o preocupa
em relação ao câmbio são as suas
oscilações. Em nome dos interesses dos exportadores, Furlan vem
criticando a valorização do real,
mas em Genebra disse que "o dólar encontra-se bem adequado
agora para as exportações brasileiras, e a taxa de R$ 3 facilita as
contas para quem não é bom em
matemática".
A razão de sua visita a Genebra,
porém, foi o convite do diretor-geral da organização, o tailandês
Supachai Panitchpakdi, em sua
"cruzada" para tentar evitar que a
cúpula ministerial da OMC, marcada para setembro em Cancún
(México), não fracasse antes mesmo de começar.
Para alguns países, como o Canadá, não haveria problema em
estender as negociações sobre o
dossiê agrícola, o maior nó atualmente na OMC, desde que se conseguissem bons resultados. Mas o
governo brasileiro pensa diferente, segundo Furlan.
"Nós não temos interesse em
delongar a rodada [de Doha"",
disse. "Quando se afrouxa o cronograma, todo mundo se joga para trás e deixa o tempo correr. Assim, é bom ter um cronograma
apertado, porque obriga a tomada de decisões, mesmo que alguns
prazos não se cumpram."
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