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Arrecadação deve ser de R$ 2,5 bi
SÍLVIA MUGNATTO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo deve arrecadar mais
R$ 2,5 bilhões por ano com a medida provisória que criou o novo
Refis (Programa de Recuperação
Fiscal). O dinheiro extra virá da
regularização fiscal das empresas
que aderirem ao programa e do
aumento de tributos incluído na
medida aprovada pela Câmara.
O Refis é uma espécie de parcelamento das dívidas das empresas
com a Receita Federal, o Instituto
Nacional do Seguro Social e a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. A proposta ainda precisa
ser aprovada no Senado e sancionada pelo presidente Lula.
A Folha apurou que a Receita
estima uma arrecadação extra em
torno de R$ 400 milhões para o
novo Refis. O Refis atual, criado
em 1999, rende R$ 1,79 bilhão por
ano. A estimativa é baixa porque
as empresas que podem entrar no
programa são aquelas que foram
excluídas do Refis original. Das
129.085 empresas que entraram,
restam 39.377.
Os técnicos da Receita lembram
que, quando as empresas foram
excluídas, a arrecadação mensal
não caiu muito. Ou seja, quem pagava de fato eram as empresas
que sobraram no programa.
Também poderão entrar cerca
de 90 mil empresas, de acordo
com a liderança do governo na
Câmara, que estão sendo processadas por crime de apropriação
indébita (descontaram a contribuição previdenciária dos trabalhadores, mas não repassaram o
valor ao INSS). Além disso, as
pessoas físicas passaram a fazer
parte dos beneficiários do Refis.
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