DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Depois do calote da AES -controladora da Eletropaulo- no BNDES, o governo decidiu criar um grupo para analisar a saúde financeira das distribuidoras de energia. De acordo com a ministra Dilma Rousseff (Minas e Energia), o grupo terá técnicos dos ministérios de Minas e Energia, da Fazenda e do BNDES.
O governo também tem intenção de elaborar uma lei impedindo que as empresas do setor elétrico se endividem além de um determinado limite. Segundo a ministra, as medidas são preventivas e necessárias, porque hoje a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) não tem como impedir endividamentos elevados.
Dilma voltou a dizer que a dívida da AES com o BNDES é "um problema bancário". Segundo ela, não há necessidade de posicionamento político do ministério em relação ao assunto.

BNDES X AES
O BNDES está pessimista em relação à possibilidade de um acordo sobre a dívida da AES com base na nova proposta da empresa, aguardada para hoje.
Segundo a Folha apurou, o pessimismo decorre dos poucos avanços percebidos durante os contatos feitos entre a empresa e o banco estatal desde a semana passada, quando o negociador da empresa norte-americana, o vice-presidente Joseph Brandt, regressou aos EUA.
Caso fracasse a nova tentativa de acordo sobre a dívida de US$ 1,2 bilhão, ficará mais forte a possibilidade de o banco estatal recorrer à cobrança judicial para rever uma parte dos débitos, de aproximadamente US$ 600 milhões, correspondente ao saldo devedor da AES Elpa com o BNDES.