São Paulo, domingo, 08 de maio de 2005

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MERCADO ABERTO

Shell volta a investir no Brasil

Depois de alguns anos na geladeira, a Shell do Brasil se prepara para voltar a crescer no país. O primeiro passo visa o megacampo de gás na bacia de Santos, no litoral paulista. A Shell está negociando uma parceria com a Petrobras para atuar em conjunto em Santos.
A informação é do novo presidente da Shell Brasil, Vasco Dias, que, há alguns dias, se reuniu com a ministra Dilma Rousseff (Minas e Energia) para anunciar os novos planos do grupo. No encontro, ele estava acompanhado de Peter Volser, diretor financeiro da empresa no mundo.
Vasco disse à Dilma que o Brasil foi elevado à condição de país-chave na estratégia global do grupo. "Queremos investir mais tanto em gás natural como em exploração e produção de petróleo." A Shell vai investir US$ 200 milhões neste ano no Brasil.
A Shell já foi a segunda maior em distribuição de derivados de petróleo no país, com 20% do mercado. Hoje, ela está em terceiro, com cerca de 13%, atrás da BR (Petrobras) e da Ipiranga. Vasco quer que ela atinja pelo menos 15% e não nega a possibilidade até de aquisições na área. "Não podemos negar que perdemos mercado e dinheiro em distribuição, mas vamos recuperar o terreno perdido", afirmou.
Vasco diz, no entanto, que o governo precisa fazer a sua parte. Segundo ele, o governo já detectou claramente os gargalos que impedem as empresas de investir mais pesadamente. Na área de exploração e produção, por exemplo, a tributação é um fator de inibição. Além disso, Vasco diz que as regras precisam ser bem claras. "Esse bom senso facilitará a chegada dos investimentos de que país precisa." Ele diz ainda que o governo está convencido de que também precisa melhorar a infra-estrutura do país. O que falta é pragmatismo.

SEM CULPA
Presidente da Veuve Clicquot para a América do Norte, a francesa Mireille Guiliano (foto) desembarca em SP no dia 17 para comemorar o lançamento de seu livro "As Mulheres Francesas Não Engordam". Na lista dos mais vendidos no país e best-seller nos EUA, onde vendeu mais de 600 mil exemplares, o livro exalta o prazer de comer e beber bem, sem abrir mão da saúde e da boa forma, a exemplo do que -defende a autora- fazem as mulheres francesas, sem a menor culpa.

RISCO ZERO
Depois da Petrobras, a Vale do Rio Doce também estuda a criação de uma espécie de linha de crédito de capital de giro para os seus fornecedores. As empresas apresentariam como garantia os recebíveis da própria mineradora para contrair o empréstimo, o que reduz sensivelmente o risco da operação e possibilita que os juros sejam menores. A Vale do Rio Doce está conversando com alguns bancos para que coordenem a operação. O valor não foi definido, mas, em se tratando de Vale, não será pequeno.

A VEZ DO LUXO
O publicitário Nizan Guanaes se prepara para lançar mais uma agência, direcionada apenas para produtos de luxo. Será uma espécie de minibutique da propaganda para o mercado de luxo, que está em franca expansão no país, e também um "filhote" da África, mas com um time novo de profissionais. Nizan Guanaes já é dono das agências DM9, MPM e África.

NA VITRINE
Não são apenas as grandes empresas exportadoras que sofrem com o câmbio. A Expomanequim, fabricante de manequins que exporta para mais de 20 países, viu o lucro com as vendas ao exterior despencar. "Ainda temos lucro, mas já é mais vantajoso vender ao mercado interno do que exportar", conta Marcos Andrade, um dos sócios da empresa. "Antes eu comemorava ter 30% do faturamento com as exportações. Agora, digo graças a Deus ter só 30%", diz Andrade, que fornece manequins para marcas como a Tommy Hilfiger.


MÃE VIAJANTE
Pesquisa da Toledo & Associados relativa ao Dia das Mães mostrou que 26% das entrevistadas preferem ganhar uma viagem nas promoções oferecidas para a data. Desconto em restaurantes aparece em segundo lugar, com 24% das preferências. O levantamento foi realizado na cidade de São Paulo com 340 mulheres acima de 16 anos.

APOIO AO BOI
Patrocinadora oficial do Festival Folclórico de Parintins, que ocorre de 24 a 26 de junho no Amazonas, a Coca-Cola Brasil destinará R$ 5 milhões para a organização e a divulgação da festa no Brasil e no exterior. Em 11 anos de parceria, a empresa já investiu R$ 37 milhões na festa.

MAIS ÁRABES
Nos dias subseqüentes à Cúpula da América do Sul-Países Árabes, um grupo de empresários árabes estará em SP para o Encontro Empresarial Brasil-Países Árabes, organizado pela Apex e pela Câmara de Comércio Árabe Brasileira. O evento terá mais de 120 empresários árabes.

NOVOS RUMOS
Cassio Casseb já definiu seu novo destino após cumprir a quarentena ao sair da presidência do Banco do Brasil. Ele vai presidir a Coinbra, do grupo francês Louis Dreyfus, trading de commodities que atua com soja, algodão, entre outros. Ela fatura US$ 1,6 bilhão por ano.

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