Apesar de todas as ações anticíclicas, o governo investiu muito pouco neste ano. Dos R$ 49,8 bilhões autorizados para investimentos neste ano, apenas 0,85% desse montante foi utilizado no primeiro trimestre. O resultado das contas públicas nos primeiros três meses, que trouxe um déficit fiscal da ordem de 2,57% do PIB, foi puxado pelo aumento das despesas com pessoal e queda na arrecadação. O investimento não pesou nessa balança.
Segundo a diretora de Desenvolvimento Econômico da Firjan, Luciana Sá, o governo deveria procurar acelerar os investimentos nessa hora. Seria a melhor ação anticíclica para melhorar a economia.
A economista considera a lentidão na tomada de decisões o maior problema para os investimentos se concretizarem no país, mais do que a falta de projetos. Ela cita o exemplo do PAC, que está com projetos paralisados.
"Essa evolução lenta nos investimentos mostra que o governo não consegue tirar os projetos do papel", afirma Sá.
Segundo ela, o governo erra ao deixar de priorizar o controle fiscal para dar ênfase ao aumento das despesas da União. "Houve uma deterioração nas contas do país puxada pela queda na arrecadação e pelo aumento dos gastos com pessoal."
As receitas administradas pela Secretaria da Receita Federal, sem a Previdência, tiveram queda real de 11,2% no primeiro trimestre de 2009, ante uma alta de 8,5% no mesmo período de 2008, segundo cálculos da Firjan.
Já os gastos com funcionalismo somaram quase R$ 38 bilhões no primeiro trimestre, uma expansão de cerca de 25% ante o mesmo período de 2008.
Sá afirma que esse aumento do gasto com pessoal não pode ser interpretado com uma ação anticíclica. O motivo é que a maior despesa com funcionalismo deteriora as contas do país, que fica com uma margem menor para os investimentos.
Segundo ela, a ausência de investimentos afeta o comportamento da economia no longo prazo. A consequência é a limitação no crescimento do país.

UNIÃO DE FORÇAS
Luiz Aubert Neto (Abimaq) convidou Artur Henrique (CUT), Paulo Pereira da Silva (Força Sindical) e Carlos Alberto Grana (CNM) para uma reunião na segunda na sede da associação. O objetivo é buscar uma ação conjunta para pressionar o governo a desenvolver medidas de incentivo ao setor de máquinas e equipamentos.

CONCRETO
A ArcelorMittal Tubarão economizou R$ 750 mil com a reciclagem de 7.000 toneladas de concreto antigo. O produto foi reutilizado para reformar um trecho da rodovia de acesso ao Terminal Privativo de Praia Mole.

VITRINE
O grupo Armani registrou receita de 1,62 bilhão em 2008. Os investimentos, apesar da crise, foram de mais de 170 milhões, quase o dobro dos 95 milhões registrados no ano anterior. O grupo manteve o investimento em expansão no varejo com abertura de 50 novas lojas, chegando a 539 lojas no mundo.

PEDAL
O Porto Seguro Auto passa a oferecer assistência a bicicletas neste mês. O serviço vai ser exclusivo e gratuito para os segurados do Porto Seguro Auto que contratam o Porto Socorro Completo ou Porto Socorro Mais.

ÂNCORA
A Portonave, terminal de Navegantes (SC), registrou ontem a chegada do seu 500º navio. Em operação a menos de dois anos, o terminal recebe quase 64% das mercadorias do complexo portuário. Movimentou mais de 235 mil toneladas em abril, mesmo com as obras de reparo aos danos da enchente de 2008 inacabadas.

CASA NOVA
A Casa Hope, instituição de apoio a crianças com câncer, inaugura nesta terça-feira sua nova sede, em São Paulo. A construção custou R$ 8 milhões, arrecadados entre os patrocinadores da entidade.

NO BOLSO
Os homens e a população das classes A e B são os que mais declaram que vão presentear no Dia das Mães, segundo pesquisa do Instituto Análise em 70 cidades do Brasil. A faixa de idade que mais pretende comprar é a de 16 a 24 anos. Em geral, o brasileiro pretende desembolsar em torno de R$ 63 para presentear neste ano.

EM BUSCA
O Zura!, portal de comparação de preços, registrou entre os produtos mais buscados para o Dia das Mães eletrodomésticos em geral. Perfumes, notebooks e smartphones também se destacaram.

APETITE
O chef patissier francês Hugues Pouget, que já passou por cozinhas de famosos restaurantes de Paris, como Guy Savoy e Ladurée Pâtisserie, veio ao Brasil a convite de Renata Fefer, dona da Cau Chocolates, com quem colabora desde a abertura da loja de Fefer, há dois anos, para comandar degustações. Fefer, que diz pensar em expansão "a médio prazo", afirma que a abertura de quiosques temporários em shoppings tem servido para testar possíveis futuros pontos de venda.

SONDAGEM
A percepção dos executivos brasileiros de que a economia mundial está em recuperação aumentou entre o início e o fim do mês de março, segundo o levantamento Executive Quiz, feito pelo Korn/Ferry Institute com executivos de mais de 70 países. Apesar da melhora, a maioria dos entrevistados no Brasil (48%) ainda considera que a economia mundial está em recessão severa.

RECLAMAÇÃO
O escritório Demarest e Almeida instituiu uma ouvidoria, que foi assumida pelo sócio Roberto Portella, para 2009 e 2010. Na função, Portella acredita que a ouvidoria do escritório de advocacia funcione do modo diferente de outras empresas e que as reclamações externas sejam menos frequentes. A ideia é que as insatisfações dos clientes sejam percebidas pelos sócios ou advogados do escritório, que devem procurá-lo antes que o cliente manifeste a reclamação.