São Paulo, sábado, 08 de maio de 2010

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Mercado Aberto

MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br

Pacote de medidas de estímulo ao exportador divide empresários

Os benefícios das medidas de estímulo aos exportadores anunciadas pelo governo nesta semana ainda não são consenso entre os empresários.
Enquanto para uns é um avanço, para outros ainda é um passo muito pequeno.
"O pacote vai ajudar um pouquinho, mas é algo muito modesto. O governo não está tocando na ferida", diz Roberto Segatto, presidente da Abracex (Associação Brasileira de Comércio Exterior).
A "ferida" mencionada por Segatto é a falta de uma política industrial no país que favoreça o reaparelhamento do parque industrial e estimule as exportações com preços competitivos no mercado internacional.
"A indústria nacional está sucateada, com máquinas de 20 anos atrás. Não tem como produzir com custo reduzido."
Segundo o presidente da Abracex, as medidas irão ajudar um grupo pequeno de microempresas e irão refletir muito levemente no balanço de pagamentos.
Joseph Couri, presidente do Simpi (Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo), por sua vez, considerou o pacote de estímulo muito favorável.
"As medidas anunciadas são um forte avanço para as micros e pequenas empresas. As questões relacionadas ao comércio internacional estão resolvidas", afirma Couri.
O presidente do Simpi destaca a medida que amplia a capacidade de pequenas e microempresas de exportar, sem comprometer o enquadramento no Simples. Com o pacote, o que a empresa exportar até o limite de R$ 2,4 milhões estará isento de tributação.
Ele também destaca o ponto que cria o seguro de crédito, que permite ao exportador receber o dinheiro garantido antes de embarcar a mercadoria.

NO CONSELHO
Cláudio Galeazzi, sócio-fundador da Galeazzi & Associados, passa a ser membro do conselho de administração da Tarpon, companhia que investe, por meio de seus fundos, em empresas de capital aberto e fechado. Galeazzi irá ocupar um dos dois assentos de conselheiro independente, posição também exercida por Horário Lafer Piva. A Tarpon possui atualmente cerca de R$ 4,7 bilhões sob gestão.

ENERGIA
A ERSA (Empresa de Investimento em Energias Renováveis S.A.) vendeu todo o lote de energia ofertado em seu primeiro leilão, feito no dia 6 por meio de plataforma eletrônica. Destinado ao mercado livre, o leilão atraiu mais de dez participantes. Duas compradoras levaram o bloco de 10,5 MW médios para Sul e Sudeste, pelo período de 1º de julho a 31 de dezembro deste ano. A energia é produzida por PCHs de Minas Gerais e Santa Catarina.

OUTRO CANAL

A Algar Telecom irá lançar no final deste mês a CTBC TV, um serviço de TV por assinatura via satélite. "O vídeo vai complementar o nosso mix de produtos", diz Divino Sebastião de Souza, presidente da Algar Telecom (ex-CTBC), empresa de telecomunicações do Grupo Algar. Com investimentos de R$ 160 milhões, a estratégia da empresa é poder oferecer aos clientes um pacote de serviços. "O consumidor prefere ter na mesma conta todos os serviços, como telefonia fixa, celular, internet e TV." Cerca de 80% da programação da CTBC TV será composta pelos canais mais vistos hoje, de acordo com Souza. Na primeira etapa de implementação, até dezembro deste ano, a oferta da TV será para os 87 municípios que fazem parte da área de concessão da companhia, nos Estados de Minas Gerais, São Paulo, Goiás e Mato Grosso do Sul. "Em 2011, vamos expandir para todo o Brasil." Com 1,6 milhão de clientes, a Algar Telecom faturou no ano passado R$ 1,8 bilhão.

ACESSÓRIO MASCULINO

ABOTOADURA.
SIM OU NÃO?

"Abotoaduras são usadas por homens sofisticados", diz Veronique Claverie, diretora da Cartier no Brasil, onde um par pode valer R$ 1.380. O acessório, segundo ela, requer camisa especial e é mais usado em ocasiões como casamentos e jantares sociais. Sergio Kamalakian, da marca Sergio K., por outro lado, diz que "para os amantes do acessório, pode-se usar no dia a dia". Segundo ele, a abotoadura funciona como diferencial entre os homens que usam terno, já que o público masculino não pode ousar tanto em acessórios. Mas a peça, não é exclusividade dos homens. "Na França, até mesmo algumas mulheres usam", diz Claverie. O objeto, que para alguns é considerado datado, para Sandro Fernandes, gerente geral da Tiffany & Co. no Brasil, é atemporal.

SAUDÁVEL
A área de saúde lidera a aceitação de cartões nos setores que tradicionalmente não usavam meio eletrônico de pagamento no país. Segundo a Redecard, no primeiro trimestre, o número de estabelecimentos credenciados no setor subiu 76,5% ante igual período de 2009.

NO DENTISTA
O ramo de odontologia foi destaque no uso cartões. No primeiro trimestre, o segmento registrou número 47% maior de dentistas credenciados e volume financeiro transacionado com cartões 41,2% superior ao verificado no mesmo período de 2009, segundo a Redecard.


com JOANA CUNHA e ALESSANDRA KIANEK


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