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Mercado Aberto
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
Pacote de medidas de estímulo ao exportador divide empresários
Os benefícios das medidas de
estímulo aos exportadores
anunciadas pelo governo nesta
semana ainda não são consenso
entre os empresários.
Enquanto para uns é um
avanço, para outros ainda é um
passo muito pequeno.
"O pacote vai ajudar um pouquinho, mas é algo muito modesto. O governo não está tocando na ferida", diz Roberto
Segatto, presidente da Abracex
(Associação Brasileira de Comércio Exterior).
A "ferida" mencionada por
Segatto é a falta de uma política
industrial no país que favoreça
o reaparelhamento do parque
industrial e estimule as exportações com preços competitivos no mercado internacional.
"A indústria nacional está sucateada, com máquinas de 20
anos atrás. Não tem como produzir com custo reduzido."
Segundo o presidente da
Abracex, as medidas irão ajudar um grupo pequeno de microempresas e irão refletir
muito levemente no balanço de
pagamentos.
Joseph Couri, presidente do
Simpi (Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de
São Paulo), por sua vez, considerou o pacote de estímulo
muito favorável.
"As medidas anunciadas são
um forte avanço para as micros
e pequenas empresas. As questões relacionadas ao comércio
internacional estão resolvidas", afirma Couri.
O presidente do Simpi destaca a medida que amplia a capacidade de pequenas e microempresas de exportar, sem comprometer o enquadramento no
Simples. Com o pacote, o que a
empresa exportar até o limite
de R$ 2,4 milhões estará isento
de tributação.
Ele também destaca o ponto
que cria o seguro de crédito,
que permite ao exportador receber o dinheiro garantido antes de embarcar a mercadoria.
NO CONSELHO
Cláudio Galeazzi, sócio-fundador da Galeazzi & Associados, passa a ser membro do conselho de administração da Tarpon, companhia que investe, por meio
de seus fundos, em empresas de capital aberto e fechado. Galeazzi irá ocupar um
dos dois assentos de conselheiro independente, posição também exercida por
Horário Lafer Piva. A Tarpon possui atualmente cerca
de R$ 4,7 bilhões sob gestão.
ENERGIA
A ERSA (Empresa de Investimento em Energias Renováveis S.A.) vendeu todo o
lote de energia ofertado em
seu primeiro leilão, feito no
dia 6 por meio de plataforma
eletrônica. Destinado ao
mercado livre, o leilão atraiu
mais de dez participantes.
Duas compradoras levaram
o bloco de 10,5 MW médios
para Sul e Sudeste, pelo período de 1º de julho a 31 de
dezembro deste ano. A energia é produzida por PCHs de
Minas Gerais e Santa Catarina.
OUTRO CANAL
A Algar Telecom irá lançar no final deste mês a
CTBC TV, um serviço de TV por assinatura via satélite.
"O vídeo vai complementar o nosso mix de produtos",
diz Divino Sebastião de Souza, presidente da Algar Telecom (ex-CTBC), empresa de telecomunicações do
Grupo Algar. Com investimentos de R$ 160 milhões, a
estratégia da empresa é poder oferecer aos clientes um
pacote de serviços. "O consumidor prefere ter na mesma conta todos os serviços, como telefonia fixa, celular,
internet e TV." Cerca de 80% da programação da
CTBC TV será composta pelos canais mais vistos hoje,
de acordo com Souza. Na primeira etapa de implementação, até dezembro deste ano, a oferta da TV será para
os 87 municípios que fazem parte da área de concessão
da companhia, nos Estados de Minas Gerais, São Paulo,
Goiás e Mato Grosso do Sul. "Em 2011, vamos expandir
para todo o Brasil." Com 1,6 milhão de clientes, a Algar
Telecom faturou no ano passado R$ 1,8 bilhão.
ACESSÓRIO MASCULINO
ABOTOADURA.
SIM OU NÃO?
"Abotoaduras são usadas por homens sofisticados", diz Veronique Claverie, diretora da Cartier no Brasil, onde um par pode valer R$ 1.380. O acessório, segundo ela, requer camisa especial e é mais usado em ocasiões como casamentos e jantares sociais. Sergio Kamalakian, da marca Sergio K., por outro lado, diz que "para os amantes do acessório, pode-se usar no dia a dia". Segundo ele, a abotoadura funciona como diferencial entre os homens que usam terno, já que o público masculino não pode ousar tanto em acessórios. Mas a peça, não é exclusividade dos homens. "Na França, até mesmo algumas mulheres usam", diz Claverie. O objeto, que para alguns é considerado datado, para Sandro Fernandes, gerente geral da Tiffany & Co. no Brasil, é atemporal.
SAUDÁVEL
A área de saúde lidera a aceitação de cartões nos setores
que tradicionalmente não usavam meio eletrônico de pagamento no país. Segundo a Redecard, no primeiro trimestre,
o número de estabelecimentos
credenciados no setor subiu
76,5% ante igual período de
2009.
NO DENTISTA
O ramo de odontologia foi
destaque no uso cartões. No
primeiro trimestre, o segmento registrou número
47% maior de dentistas credenciados e volume financeiro transacionado com
cartões 41,2% superior ao
verificado no mesmo período de 2009, segundo a Redecard.
com JOANA CUNHA e ALESSANDRA KIANEK
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