CHRISTINE HAUSER
DO "NEW YORK TIMES"

A economia norte-americana continuou a criar empregos em abril. O nível de emprego subiu de maneira forte, com 290 mil novos postos de trabalho, anunciou o Departamento do Trabalho. O índice de desemprego subiu a 9,9%.
"Trata-se de um relatório forte em termos de implicações de crescimento", disse James O'Sullivan, economista chefe da MF Global. "Serviu para reforçar os sinais de que a alta no crescimento está conduzindo a uma elevação no emprego."
Com as revisões anunciadas, abril se tornou o quarto mês consecutivo de elevação no número de trabalhadores empregados (em março, 230 mil empregos novos foram criados, segundo a revisão, e não os 162 mil anteriormente estimados).
A revisão de fevereiro alterou o total do mês de perda de 14 mil postos de trabalho para ganho de 39 mil. Se somarmos a isso os 14 mil empregos novos criados em janeiro, o total cumulativo de postos de trabalho criados nos quatro meses do ano é de 573 mil.
O presidente Obama definiu o relatório como "muito animador", e apontou para o fato de que o crescimento "começa a dar às empresas a confiança necessária a uma expansão".
Mas ainda assim ele lembrou aos norte-americanos que "vai demorar para que conquistemos o crescimento forte e sustentado no nível de emprego de que o país necessita".
Mais de 15,3 milhões de pessoas estavam desempregadas no mês passado. Continua a haver desgaste no setor de habitação, pressão sobre os mercados financeiros, perda de patrimônio nos domicílios e grandes deficit orçamentários.
"Ainda há uma lista de questões que precisam ser resolvidas para a recuperação", diz Paul Ballew, economista chefe da seguradora Nationwide.