São Paulo, sábado, 08 de junho de 2002

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RIQUEZA AMERICANA

Ritmo de contratações segue lento; estoque recua no atacado

Desemprego cai para 5,8% nos EUA

DA REDAÇÃO

Ao contrário do que previa a grande maioria dos analistas, a taxa de desemprego recuou nos EUA no mês passado. Depois de atingir o pico de 6% em abril (o maior em sete anos e meio), o índice recuou para 5,8% em maio.
Ainda que a taxa tenha caído, poucos empregos foram criados no mês, de acordo com o Departamento do Trabalho. A diferença entre o número de postos abertos e fechados foi positivo em 41 mil.
Para os economistas, o mercado de trabalho ainda não deu mostras claras de recuperação. Por isso, o Federal Reserve (Banco Central dos EUA) não terá pressa em elevar a taxa de juros, hoje em 1,75% ao ano -a menor desde a década de 60.
Para combater a recessão econômica iniciada em março do ano passado, o Fed fez 11 cortes nos juros ao longo de 2001. A taxa anual caiu de 6,5% para 1,75%.
Na opinião de Alan Greenspan, o presidente do Fed, já há sinais evidentes de que a economia esteja saindo da recessão. Mas, para para a autoridade monetária, ainda restam dúvidas sobre a solidez do consumo e dos investimentos.
"O pior com certeza ficou para trás, e estamos caminhando na direção correta", disse Bill Cheney, economista-chefe da consultoria John Hancock Financial Services, em Boston. "Mas o ritmo ainda é lento demais."
Economistas prevêem que a taxa de desemprego deva crescer nos próximos meses, talvez chegando a 6,5%. Em 2000, antes do estouro da "bolha" de investimentos em tecnologia da informação (internet e telecomunicações), o desemprego permaneceu em torno de 4% da população economicamente ativa.

Estoques
Em uma outra boa notícia para a economia norte-americana, os estoques dos atacadistas recuaram em abril, graças a um aumento nas vendas. Com menos produtos nas prateleiras, os comerciantes tendem a fazer novos pedidos, estimulando a indústria.
Segundo o Departamento de Comércio, as vendas no atacado cresceram no maior ritmo dos últimos três anos. Isso derrubou os estoques para o menor patamar em dez anos.
Mas, devido a incerteza sobre o vigor da recuperação, as empresas estão empregando mão-de-obra temporária ou ampliando as horas extras, em vez de contratar novos funcionários.


Com agências internacionais


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