São Paulo, sábado, 08 de junho de 2002 |
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O VAIVÉM DAS COMMODITIES O troco O Brasil vai monitorar as importações de algodão. A medida visa evitar a entrada de algodão com preço subsidiado para concorrer com o nacional. A decisão foi tomada ontem por Sergio Amaral, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Entrada na OMC Os ministros que integram a Camex se reuniram ontem para fazer uma ampla avaliação do impacto da "farm bill" (a lei dos subsídios agrícolas dos EUA). A análise foi principalmente sobre sobre soja, açúcar e algodão. Na próxima reunião, a Camex decidirá se entra na OMC contra esses subsídios. Remédio apropriado Jorge Maeda, da Abrapa (associação dos produtores), diz que o monitoramento é uma medida prática. É um remédio apropriado para a situação, já que as discussões na OMC são longas e com efeito macro. Ou seja, nem sempre o produto prejudicado pelo subsídio será o beneficiado pelas medidas da OMC. Reflexo no futuro A perspectiva de uma safrinha de milho melhor, após a ocorrência de chuvas na reta final do plantio, já reflete fortemente nos preços do produto no mercado futuro da BM&F. O contrato de novembro, que chegou a ser negociado a R$ 16,55 por saca no dia 7 de maio, fechou ontem a R$ 15,40, segundo a Bolsa. Redução de preços As indústrias de soja iniciaram ontem um movimento para diminuir os preços do produto no mercado interno. As indústrias já prevêem a melhora na oferta a partir de 15 deste mês, quando vence a primeira parcela do custeio agrícola dos produtores. A saída de carne Os números parciais das exportações de carne bovina referentes a maio indicam US$ 56 milhões, 8% a mais do que em 2001. As exportações de carne deste ano deverão ficar em US$ 1 bilhão, disse ontem Ivan Ramalho, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Participação mantida Ramalho disse na Feicorte -onde ocorreu o lançamento da vacinação contra a brucelose- que o Brasil consolida neste ano os mercados conseguidos em 2001. As exportações até abril somam US$ 248 milhões, contra US$ 177 milhões em 2001. Produção paulista A safra paulista de grãos deverá crescer para 6,7 milhões de toneladas neste ano, 5% a mais do que em 2001, diz Nelson Martin, do IEA. A produção de laranja deverá ficar em 372 milhões de caixas; a de café, em 4,4 milhões de sacas; e a de cana, em 209 milhões de toneladas. A de milho será de 4,3 milhões de toneladas; a de soja, de 1,6 milhão de toneladas; e a de feijão, de 307 mil toneladas. Safra de verão Nas contas do Instituto de Economia Agrícola, a safra de verão paulista será de 5,4 milhões de toneladas, com aumento de 2,65%. Já a safra de inverno somará 1,2 milhão de toneladas, com alta de 18,17%. Comercialização Adriano Timossi, da FNP, diz que a venda da safra de soja atinge 72,2% dos 40,8 milhões de toneladas produzidos neste ano. As condições de negociação são boas neste ano, diz ele. e-mail: mzafalon@folhasp.com.br Texto Anterior: Mercado financeiro: Mercado se acalma; dólar fecha em baixa Próximo Texto: Montadoras: GM anuncia recall em 355,7 mil Corsa Índice |
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