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MERCADO FINANCEIRO
Apesar da queda de 0,9% ontem, moeda dos EUA encerra semana com alta de 4,8%, a R$ 2,636
Mercado se acalma; dólar fecha em baixa
DA REPORTAGEM LOCAL
A tensa abertura dos negócios no mercado financeiro ontem dava sinais de que seria mais um dia de dólar e risco-país em disparada acompanhados por Bolsa em
queda. Mas a conferência feita pelo presidente do Banco Central,
Armínio Fraga, e expectativas quanto à divulgação de pesquisas
eleitorais favoráveis ao pré-candidato governista, José Serra, inverteram o quadro inicial.
O dólar encerrou em baixa de
0,9% após quatro dias de forte alta. A moeda norte-americana fechou vendida a R$ 2,636. O risco-país, que indica a confiança dos
investidores estrangeiros na capacidade de o governo pagar suas
dívidas, recuou um pouco, para
1.181 pontos. A Bolsa paulista fechou com alta de 1,4%.
"O dólar subiu muito nos primeiros dias da semana. Quando a
moeda [dos EUA" começou a recuar, muitas tesourarias correram
para vender dólares com medo de
perder. Isso fez o preço do dólar
cair rapidamente", avalia Joaquim Kokudai, diretor de tesouraria do banco Lloyds TSB.
Apesar da baixa registrada ontem, o dólar encerrou a semana
com expressiva valorização acumulada de 4,8%.
Na conferência feita por telefone pelo presidente do Banco Central para investidores e analistas
estrangeiros, duas impressões ficaram para o mercado: a de que o
BC intervirá no câmbio quando
achar oportuno ou necessário e
que os juros básicos da economia
devem ser cortados (mesmo com
a alta do dólar na semana).
Os boatos sobre pesquisas eleitorais do Ibope e do Datafolha
que apontariam subida de Serra e
queda do pré-candidato do PT,
Luiz Inácio Lula da Silva, ganharam força no mercado no momento em que o dólar alcançava
R$ 2,714, em alta de 2%, na manhã
de ontem. Na BM&F, os juros subiram de 18% ao ano para 18,15%
ao ano no contrato DI (que considera os juros interbancários) com
prazo em julho.
Para tentar melhorar o humor
do mercado, o BC voltou a realizar uma operação de troca de títulos públicos que vencem de 2004 a
2006 por papéis com resgate em
meados de 2003. O leilão de troca
de LFTs- títulos corrigidos pelos
juros pós-fixados- movimentou
pouco mais de R$ 2 bilhões.
Os C-Bonds -principais títulos
da dívida brasileira negociados no
mercado externo- fecharam
com pequena alta de 0,36%, vendidos a US$ 0,69.
(FABRICIO VIEIRA)
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