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BC resistia à
aplicação
de código
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Banco Central informou
ontem, por meio de sua assessoria de imprensa, que irá
aguardar a publicação oficial da
decisão tomada ontem pelo
STF para se manifestar sobre o
assunto, mas afirmou que vai
cumprir o que for determinado
pela Justiça.
O debate sobre a aplicação ou
não do Código de Defesa do
Consumidor para os bancos começou justamente por causa de
uma resistência do BC a essa
interpretação da lei. Em 2001, o
BC chegou a criar normas para
que a própria instituição passasse a regular o relacionamento entre instituições financeiras e consumidores, sob o argumento de que, segundo a Constituição, a fiscalização do sistema financeiro cabia exclusivamente à autoridade monetária
e ao CMN (Conselho Monetário Nacional).
Cliente bancário
Esse conjunto de normas foi
chamada pelo BC de "código de
defesa do cliente bancário" e foi
alvo de críticas de órgãos de defesa do consumidor, que reivindicavam que as instituições financeiras recebessem o mesmo tratamento destinado a empresas de outros setores.
Diante das pressões, o BC
acabou revendo sua posição e
começou a negociar com o Ministério da Justiça um meio-termo sobre o assunto. Ao longo do processo que se encerrou
ontem, o BC já dizia apoiar a
aplicação do Código de Defesa
do Consumidor para os bancos,
desde que ficassem de fora disso assuntos como as taxas de
juros que são praticadas pelas
instituições financeiras.
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