|
Texto Anterior | Índice
Piva e Edemar vão para presídio de Tremembé
DA REPORTAGEM LOCAL
Antonio Carlos Piva de Albuquerque, diretor financeiro da
Daslu, e Edemar Cid Ferreira,
ex-controlador do Banco Santos, foram transferidos ontem
do Centro de Detenção Provisória 2, em Guarulhos (SP), para a Penitenciária 2 de Tremembé, a 132 km de São Paulo.
Cid Ferreira e Piva de Albuquerque chegaram à penitenciária por volta do meio-dia de
ontem. A Secretaria de Administração Penitenciária (SAP)
não quis revelar quais foram os
motivos da transferência. O ex-goleiro Edson Cholbi do Nascimento, o Edinho, filho de Pelé,
está preso no mesmo local.
Também está em Tremembé o
estudante de medicina Mateus
da Costa Meira, que matou três
pessoas num shopping em São
Paulo e foi condenado em 2004
a 120 anos de prisão.
O ex-banqueiro e o diretor da
Daslu, afastado do cargo desde
janeiro, estão em cela comum.
A penitenciária de Tremembé
tem capacidade para abrigar
408 presos, mas aloja hoje 317,
segundo informa a SAP.
É um presídio destinado a ex-policiais militares e civis, agentes de segurança penitenciária,
filhos de funcionários da Justiça e a pessoas que possam sofrer constrangimento físico ou
moral em razão da função pública ou atividade particular
que tenham exercido. Estupradores e presos célebres também ficam em Tremembé. São
condenados que podem sofrer
retaliação se forem alocados
em outras prisões.
Piva de Albuquerque foi preso no dia 1º de junho em sua casa a pedido dos procuradores
Matheus Baraldi Magnani e
Jefferson Aparecido Dias e por
determinação da juíza Maria
Isabel do Prado.
Os procuradores alegam que
o diretor da Daslu estaria se escondendo da Justiça e comprometendo o andamento do processo. Afirmam ainda que a butique reiterou prática de importação irregular no final de
2005, que resultou na apreensão de bolsas das marcas Gucci
e Chanel no valor de R$ 1,7 milhão. A Daslu nega que houve
irregularidade na importação.
Cid Ferreira foi preso no dia
26 de maio por determinação
do juiz Fausto Martin de Sanctis, da 6ª Vara Criminal. Na sua
sentença, afirma que o ex-banqueiro age de "má-fé" ao esconder informações.
Octavio Cesar Ramos, advogado de Piva de Albuquerque,
entrou com pedido de reconsideração da decisão do desembargador Luiz Stefanini, do Tribunal Regional Federal da 3ª
Região, que negou pedido de
habeas corpus para seu cliente.
O TRF não analisou o pedido. O
advogado pretende entrar com
pedido de habeas corpus no
STJ (Superior Tribunal de Justiça).
(FÁTIMA FERNANDES E MARIO CESAR CARVALHO)
Texto Anterior: Ação da PF prende nova geração de doleiros Índice
|