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Craque em jogo fatura R$ 30 mil em dois anos com venda da pontuação
DA REPORTAGEM LOCAL
Fallen tem 19 anos, faz Ciência da Computação em uma faculdade do interior paulista e,
desde que começou a estudar,
há cerca de três anos, paga as
mensalidades com o dinheiro
da venda de pontuação, armas e
outras ferramentas que movimentam os jogos disputados
em rede pela internet.
Seu "sócio", como ele chama
o amigo Pantcho, 18, acabou de
comprar um carro zero. O dinheiro, cerca de R$ 30 mil, foi
acumulado nos últimos dois
anos com a venda de parte de
sua pontuação no Ragnarök, jogo publicado pela Level Up!
Fallen e Pantcho são codinomes usados por dois adolescentes no jogo e as "proezas" realizadas no mundo real a partir do
virtual talvez expliquem aos
seus pais por que eles não desgrudam do computador.
Embora não morem na mesma cidade, os dois jovens se revezam nas longas jornadas de
"trabalho" diante do computador. Em média, cada um gasta
dez horas diárias, lutando contra gangues ou cumprindo metas para acumular pontos. Cada
ponto se converte em moeda
virtual, que, no Ragnarök, se
chama Zeny e permite fazer
compras, adquirindo, por
exemplo, uma arma poderosa.
Para negociar, os jogadores
vão a locais de comércio no jogo
e trocam mensagens. Essa é a
forma oficial. A forma ilegal é
justamente o comércio de armas, veículos e até a venda do
próprio personagem, no mundo real. Um exemplo: um cinto
mevingard (que confere poderes adicionais ao personagem)
chega a valer R$ 12 mil.
Apesar de exibir bom desempenho, o comércio paralelo já
foi melhor. Quanto mais jogadores on-line, mais cai a cotação da moeda virtual. Em 2004,
um milhão de Zenys valiam R$
20. Esse valor caiu para R$ 12
no ano seguinte, e, no ano passado, já era R$ 4. Em 2008, vale
R$ 2. Nesse mesmo período, o
jogo saiu do zero para 4 milhões
de cadastrados.
(JW)
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