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DINHEIRO NOVO
Valor arrecadado será usado para financiar a dívida externa
País capta US$ 750 mi no exterior
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Pela segunda vez em menos de
um mês, o governo brasileiro
contraiu um empréstimo no mercado internacional para financiar
a dívida externa. Os bônus emitidos pelo país somam US$ 750 milhões, vencem no prazo de dez
anos e irão pagar juros de 10,8%
ao ano nesse período.
No último dia 21, o país já havia
lançado igual valor em títulos da
dívida externa.
Na ocasião, porém, os papéis
eram pós-fixados: pagavam juros
de 5,75% ao ano mais a variação
da Libor -taxa usada como referência para essas operações no
mercado financeiro. Atualmente,
a Libor oscila em torno de 1,5% ao
ano. Desde 1994 o país não emitia
títulos pós-fixados no exterior.
O diretor de Assuntos Internacionais do BC, Alexandre
Schwartsman, disse que a operação foi bem-sucedida.
Ele também justificou o lançamento de títulos pós-fixados no
final do mês passado, criticada
por alguns analistas que entenderam que, num momento em que a
expectativa é de aumento nos juros internacionais, esse tipo de
operação traria custos elevados:
"Isso estava relacionado com o
gerenciamento da dívida externa.
A participação de títulos [com taxas] flutuantes vinha decrescendo
muito nos últimos anos", afirmou
o diretor do BC. Segundo ele, em
2002, 32% do endividamento externo do Brasil era composto por
papéis pós-fixados. Neste ano, essa proporção havia caído para
16%.
Com a transação de ontem, somam US$ 3 bilhões os empréstimos externos contraídos pelo governo por meio da emissão de títulos no mercado internacional
neste ano. Até dezembro, mais
US$ 1 bilhão em papéis deve ser
lançado. Ao longo de 2004, o Tesouro Nacional terá de pagar US$
12,366 bilhões, entre parcelas que
vencem no período e os juros incidem sobre o endividamento.
Desse total, US$ 6,641 bilhões já
foram pagos com dólares comprados diretamente no mercado
de câmbio brasileiro.
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