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Exportação de serviços sobe mais que bens
Em 2005, vendas externas de serviços cresceram 29,8%; importações registraram incremento ainda maior, de 38,7%
Os serviços representaram 57% do PIB no ano passado; setor é responsável por
mais da metade de todos os empregos criados no país
TALITA FIGUEIREDO
DA SUCURSAL DO RIO
Com o aumento da exportação e importação de serviços
maior do que o de bens, o Brasil
alcançou a sétima posição no
ranking mundial de crescimento no mercado. Com esse resultado, o país ocupa hoje o 31º lugar em exportação de serviços
no mundo, informou ontem o
ministro do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior,
Luiz Fernando Furlan.
No ano passado, as exportações de serviços cresceram
29,8%. Por ser o setor que mais
cresce em todo o mundo, as importações registraram incremento ainda maior, de 38,7%,
gerando déficit de quase US$ 8
bilhões.
Os serviços representaram
57% do PIB (Produto Interno
Bruto, soma das riquezas produzidas pelo país) no ano passado, com crescimento de 1,3
ponto percentual em relação a
2004. O setor é responsável por
mais de 50% dos empregos
criados no país.
Segundo o ministro, o comércio total internacional do
país vai mais do que dobrar,
saindo de US$ 107 bilhões para
US$ 220 bilhões, nos quatro
anos do atual governo.
"A idéia é motivar os setores
de exportações para que o governo possa diminuir as importações. É um setor muito promissor na economia brasileira,
principalmente se conseguirmos diminuir os entraves burocráticos", disse Furlan.
O ministro participou ontem
do 1º Encontro Nacional de Comércio Externo de Serviços, na
Confederação Nacional de Comércio, no Rio de Janeiro.
Furlan anunciou a criação do
Sistema de Comércio e Serviços (Siscoserv), que funcionará
como o já existente Siscomex,
de bens. Assim, o governo poderá acompanhar "setor por setor, empresa por empresa, o
que está acontecendo para alavancar" o mercado de serviços.
"Há um enorme potencial
das empresas brasileiras na exportação de serviços nas áreas
técnicas de engenharia, tecnologia da informação, comunicação, saúde e turismo. Temos
ainda áreas que podem ser desenvolvidas, como o cinema e o
audiovisual."
O ministro disse ainda que "a
vontade do presidente Lula é
que o Brasil tenha um canal internacional que possa servir
para a produção de serviços".
Conta em dólar
Furlan voltou a defender a
criação de contas correntes em
dólar, que "fossem auditadas
permanentemente por autoridades brasileiras".
A idéia seria desonerar parte
das transações, a fim de estimular o crescimento e possibilitar que empresas façam a
compensação entre importação e exportação, utilizando as
divisas para quitar compras de
matéria-prima e pagamentos
de dívidas.
"Neste ano, o comércio exterior brasileiro está crescendo
US$ 30 bilhões em relação ao
ano passado. Se nós dermos alguma flexibilidade, como um
benefício de uma parte desse
crescimento, estaremos estimulando mais crescimento
ainda, compartilhando com o
setor privado nacional um estímulo daquilo que é resultado
do crescimento do próprio setor privado."
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