São Paulo, sábado, 08 de julho de 2006

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Foco

Caminhoneiros fazem paralisação em Santos, e navios desviam cargas

MARIANA CAMPOS
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS

Desde o início da semana, ao menos dez navios já desviaram do porto de Santos em razão da paralisação promovida por parte dos caminhoneiros que atuam no complexo santista, segundo o diretor-executivo do Sopesp (Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo), José dos Santos Martins.
Segundo ele, os navios desviaram para desembarcar contêineres vazios em outros portos porque, com a paralisação da retirada de carga dos terminais, falta espaço para desembarcar contêineres.
Além disso, se a greve continuar, há a possibilidade de faltarem contêineres vazios para exportar mercadorias.
Na segunda-feira, parte dos caminhoneiros autônomos iniciou a paralisação em protesto contra a fiscalização das condições de segurança dos veículos, que começou a ser feita nesse dia pela Codesp (estatal que administra o porto) por determinação do Ministério Público do Trabalho.
Os manifestantes reivindicam prazo maior para se adequarem às condições e exigem aumento no frete.
O presidente do Sindicam (Sindicato dos Transportadores Autônomos da Baixada Santista), José Luiz Ribeiro Gonçalves, contrário à paralisação, diz que o movimento atingiu 150 caminhoneiros autônomos. Outros estariam aderindo por intimidação.
Ele afirmou que, desde o começo da semana, caminhões têm sido apedrejados e caminhoneiros estão sendo ameaçados.
Já o coordenador da paralisação, secretário-geral da CGTB (Central Geral dos Trabalhadores Brasileiros), Heraldo Gomes de Andrade, disse que não há intimidação. Para ele, houve adesão de 2.700 dos 3.000 caminhoneiros que trabalham em Santos.


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