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Foco
Caminhoneiros fazem paralisação em Santos, e navios desviam cargas
MARIANA CAMPOS
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS
Desde o início da semana,
ao menos dez navios já desviaram do porto de Santos em
razão da paralisação promovida por parte dos caminhoneiros que atuam no complexo santista, segundo o diretor-executivo do Sopesp (Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo), José dos Santos Martins.
Segundo ele, os navios desviaram para desembarcar
contêineres vazios em outros
portos porque, com a paralisação da retirada de carga dos
terminais, falta espaço para
desembarcar contêineres.
Além disso, se a greve continuar, há a possibilidade de
faltarem contêineres vazios
para exportar mercadorias.
Na segunda-feira, parte dos
caminhoneiros autônomos
iniciou a paralisação em protesto contra a fiscalização das
condições de segurança dos
veículos, que começou a ser
feita nesse dia pela Codesp
(estatal que administra o porto) por determinação do Ministério Público do Trabalho.
Os manifestantes reivindicam prazo maior para se adequarem às condições e exigem aumento no frete.
O presidente do Sindicam
(Sindicato dos Transportadores Autônomos da Baixada
Santista), José Luiz Ribeiro
Gonçalves, contrário à paralisação, diz que o movimento
atingiu 150 caminhoneiros
autônomos. Outros estariam
aderindo por intimidação.
Ele afirmou que, desde o
começo da semana, caminhões têm sido apedrejados e
caminhoneiros estão sendo
ameaçados.
Já o coordenador da paralisação, secretário-geral da
CGTB (Central Geral dos
Trabalhadores Brasileiros),
Heraldo Gomes de Andrade,
disse que não há intimidação.
Para ele, houve adesão de
2.700 dos 3.000 caminhoneiros que trabalham em Santos.
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