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VEÍCULOS
GM aprova negociação de parceria com Renault e Nissan
DA REDAÇÃO
O conselho diretor da GM
aprovou ontem o início das
conversas com Renault e
Nissan para a formação de
uma possível aliança entre as
três empresas automobilísticas. Na próxima sexta-feira,
o executivo-chefe da companhia americana, Rick Wagoner, deverá se encontrar em
Detroit com o presidente das
outras duas fabricantes, o
brasileiro Carlos Ghosn.
Wagoner disse que está
"ansioso para ouvir idéias de
como uma aliança entre nossas companhias pode funcionar em benefício mútuo".
No entanto, pessoas ligadas ao executivo afirmam
que ele é contrário à transação. Um membro da empresa, que pediu para não ter sua
identidade revelada, disse ao
jornal "Detroit News" que o
negócio faz sentido para as
outras duas montadoras,
mas que não há "nenhuma
vantagem" para a GM.
De acordo com alguns analistas, caso a parceria seja finalizada, Ghosn deverá ser o
novo comandante da americana. Em uma tentativa de
reafirmar seu apoio a Wagoner, o conselho da GM reiterou na reunião de ontem sua
confiança no plano de recuperação da empresa que começou a ser implementado
pelo executivo no ano passado.O projeto busca reforçar a
presença da fabricante no
mercado dos EUA e reverter
as perdas de US$ 10,6 bilhões
em 2005.
Uma união entre GM, Renault e Nissan criaria uma
potência com vendas anuais
de aproximadamente 14,3
milhões de veículos e uma
receita de cerca de US$ 327
bilhões, segundo a consultoria do setor automobilístico
CSM Worldwide. Após o
anúncio, o preço dos papéis
da companhia americana na
Bolsa de Nova York subiu
1,03% e chegou a US$ 29,50.
A proposta para a parceria
tríplice foi feita na semana
passada pelo principal acionista individual da GM, o bilionário americano Kirk
Kerkorian, 89. Segundo o
plano dele, Renault e Nissan
devem, cada uma, investir
US$ 3 bilhões para comprar
10% das ações da GM.
A empresa Tracinda, de
Kerkorian, divulgou nota em
que afirma que o reunião entre os dois executivos na semana que vem é "um bom
primeiro passo" e diz estar
"satisfeita" com a decisão.
Para o bilionário, a parceria diminuiria os gastos com
desenvolvimento e produção
e faria com que a GM voltasse a ter lucros. "Foi uma recomendação eloqüente de
um acionista de peso e, naturalmente, eles [o conselho da
GM] vão tratar a questão
com seriedade", disse o analista do Centro de Pesquisa
Automotiva de Ann Arbor
(EUA) Sean McAlinden.
Na segunda-feira, os conselhos de Renault e Nissan
autorizaram o início das conversações com a GM desde
que o conselho e a direção da
companhia americana também as aprovassem.
Com agências internacionais
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