DA REDAÇÃO

A taxa de desemprego nos Estados Unidos ficou inalterada em junho em 4,6%, com a criação de 121 mil empregos, mas o resultado foi considerado fraco pelo mercado e as Bolsas norte-americanas caíram.
O número de vagas criadas ficou acima do registrado em maio, quando foi de 92 mil, mas foi menor que o esperado. A previsão de economistas era de 175 mil novas vagas.
Para analistas, os dados de emprego divulgados ontem mostram que os empregadores nos EUA estão relutando em fazer contratações devido à desaceleração da economia, que deve se estender pelo segundo semestre, e aos altos preços de energia, que podem reduzir o consumo no país.
"Quando você tem apenas 121 mil novas vagas, isso parece bem fraco. É um pouco desapontador", disse Ken Mayland, economista da ClearView Economics. Mayland acrescentou que os dados de emprego condizem com outros indicadores que apontam para desaceleração econômica.
A economia norte-americana deve ter crescido cerca de 2,5% no trimestre de abril a junho (taxa anualizada), dizem analistas. No terceiro trimestre, a expansão deve ser de 3%.
Outros economistas, porém, dizem que o mercado de trabalho ainda está saudável e que a criação menor de vagas ajuda os trabalhadores a negociarem melhores salários. Em junho, os salários subiram em média 0,5%. A previsão do mercado era de alta de 0,3%.
Em 12 meses, os salários acumulam alta de 3,9%, a maior desde junho de 2001. Os salários maiores, porém, também levam a preocupações com pressões inflacionárias.

Bolsas
Os mercados norte-americanos caíram com a divulgação dos dados de emprego e com comunicado da 3M informando que seus lucros devem ser menores que o previsto.
O Dow Jones, principal índice da Bolsa de Nova York, fechou em queda de 1,20%, a 11.090,67 pontos. Já o índice Nasdaq caiu 1,16% e fechou a 2.130,06 pontos.
As ações da 3M caíram 9% ontem, sua maior queda em um dia em oito anos. O papel da empresa fechou cotado a US$ 74,10, após cair US$ 7,29.