São Paulo, terça-feira, 08 de agosto de 2006

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Incerteza nos EUA leva petróleo a recorde

Aumento foi provocado por fechamento de oleoduto no Alasca, responsável por 8% da produção doméstica americana

Governo Bush disse que poderá ceder petróleo de sua reserva estratégica; preço da gasolina também se aproxima de recorde


DA REDAÇÃO

O fechamento ontem de um importante campo petrolífero no Alasca fez preço do barril bater seu recorde na Bolsa de Londres, onde o produto fechou o dia valendo US$ 78,30, um aumento de US$ 2,13 em relação à última sexta-feira.
Durante o pregão, o barril chegou a estar cotado em US$ 78,64. Até então, o maior preço havia sido registrado no último dia 17: US$ 78,18.
Em Nova York, a commodity também teve forte alta e fechou próxima de seu recorde. Passou de US$ 74,76 para US$ 76,98. A principal marca continua a ser a de 14 de julho, quando o barril fechou o dia cotado a US$ 77,03. Ao longo daquele pregão, ele chegou a atingir US$ 78,40. Na época, o aumento foi provocado pelo conflito entre Israel e o grupo terrorista Hizbollah.
Agora, a causa da alta foi o anúncio pela British Petroleum (BP) de que fechará o campo de petróleo de Prudhoe Bay, no Alasca, o maior dos EUA. A medida foi tomada porque, segundo a empresa, havia "séria corrosão" no oleoduto.
O conserto, que deverá tomar várias semanas, reduz a produção americana de petróleo em 400 mil barris diários (8%). Para ter uma idéia do número, ele representa cerca de um terço do que o país importa da Venezuela. O governo já disse que poderá ceder petróleo de sua reserva estratégica, mas que nenhuma refinaria solicitou até o momento.
Com o anúncio, o preço do galão de gasolina nos EUA se aproximou de seu recorde e passou a custar US$ 3,04, um aumento de 3,4% em relação à última semana. A marca anterior, US$ 3,07, era de setembro de 2005, durante a passagem do furacão Katrina.
Em março, corrosão no mesmo oleoduto provocou o vazamento de mais de 200 mil galões de petróleo e gerou questionamentos se a BP estava realizando a manutenção adequada do campo no Alasca, que foi adquirido na fusão com a americana Amoco, em 1998.


com agências internacionais

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