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Superávit do agronegócio bate recorde de R$ 23 bi
Saldo nos 7 primeiros meses do ano
registra alta de 9,6% em relação a2005
Exportações de soja e de
cana cresceram no mês
passado e compensaram a
diminuição nas vendas
de
carne ao exterior
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Apesar da valorização do real
e do fraco desempenho das carnes, a balança comercial do
agronegócio registrou alta de
28,6% no mês passado em relação a julho de 2005. O superávit
de US$ 4,07 bilhões e o total de
vendas, de US$ 5,24 bilhões, ultrapassam os valores mensais
anotados pelo Ministério da
Agricultura. No período, foram
importados US$ 578 milhões.
No acumulado dos primeiros
sete meses, o agronegócio gerou superávit recorde de US$
23,03 bilhões, com exportações
na casa dos US$ 26,6 bilhões de
janeiro a julho.
O valor representa elevação
de 9,6% em relação ao mesmo
período do ano passado. O ritmo de alta das importações foi
bem maior, apresentando crescimento de 23,3% na comparação com os sete meses iniciais
de 2005, com o valor das compras totalizando US$ 3,56 bilhões.
O complexo soja foi o principal responsável pelo resultado
nas contas, fechando o mês
com alta de 32,9%, atingindo
US$ 1,44 bilhão. O complexo
sucroalcooleiro ficou em segundo lugar, com US$ 1,03 bilhão, alta de 123%.
Em compensação, as exportações de carne caíram 15,3%,
ficando em US$ 683 milhões. A
queda de 10% na oferta de carne bovina in natura provocou
aumento de 16% no preço, resultando em alta de 4,63% no
valor exportado do produto.
As exportações de carnes de
frango in natura (36%) e carne
suína (38,7%) tiveram quedas
acentuadas em julho. O preço
do frango ainda caiu 8,6%.
Principal mercado brasileiro
para a carne suína, a Rússia
mantém embargo ao produto.
O preço dos suínos (7,9%), e
carnes industrializadas de boi
(39%) e frango (18%) subiram
em julho, na comparação com o
mesmo mês do ano passado.
Os pescados nacionais também perderam mercado, com
forte redução de 18,3% nas vendas do mês. Somente o camarão congelado reduziu suas
vendas em 29,5%, de US$ 20
milhões para US$ 14 milhões.
Entre os produtos importados, o trigo (72,1%) e a borracha
natural (79,7%) foram os que
apresentaram maior evolução
na balança comercial, com
crescimento das compras acima dos 70%. Em terceiro lugar
ficou o milho, com crescimento
de 36,3% nas importações,
sempre em relação a julho do
ano passado.
A venda de alguns produtos
do agronegócio apresentaram
crescimento considerável no
mês passado. Foi o caso de cereais, com 514% de aumento, e
papel e celulose, cujas vendas
tiveram elevação de 25,4%. Os
grupos de leite, laticínios e
ovos; couro e seus produtos; café, chá, mate e especiarias; e
madeireiro tiveram alta semelhante, todos na faixa dos 15%.
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