São Paulo, terça-feira, 08 de agosto de 2006

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Superávit do agronegócio bate recorde de R$ 23 bi

Saldo nos 7 primeiros meses do ano registra alta de 9,6% em relação a2005

Exportações de soja e de cana cresceram no mês passado e compensaram a diminuição nas vendas de carne ao exterior


DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Apesar da valorização do real e do fraco desempenho das carnes, a balança comercial do agronegócio registrou alta de 28,6% no mês passado em relação a julho de 2005. O superávit de US$ 4,07 bilhões e o total de vendas, de US$ 5,24 bilhões, ultrapassam os valores mensais anotados pelo Ministério da Agricultura. No período, foram importados US$ 578 milhões.
No acumulado dos primeiros sete meses, o agronegócio gerou superávit recorde de US$ 23,03 bilhões, com exportações na casa dos US$ 26,6 bilhões de janeiro a julho.
O valor representa elevação de 9,6% em relação ao mesmo período do ano passado. O ritmo de alta das importações foi bem maior, apresentando crescimento de 23,3% na comparação com os sete meses iniciais de 2005, com o valor das compras totalizando US$ 3,56 bilhões.
O complexo soja foi o principal responsável pelo resultado nas contas, fechando o mês com alta de 32,9%, atingindo US$ 1,44 bilhão. O complexo sucroalcooleiro ficou em segundo lugar, com US$ 1,03 bilhão, alta de 123%.
Em compensação, as exportações de carne caíram 15,3%, ficando em US$ 683 milhões. A queda de 10% na oferta de carne bovina in natura provocou aumento de 16% no preço, resultando em alta de 4,63% no valor exportado do produto.
As exportações de carnes de frango in natura (36%) e carne suína (38,7%) tiveram quedas acentuadas em julho. O preço do frango ainda caiu 8,6%. Principal mercado brasileiro para a carne suína, a Rússia mantém embargo ao produto.
O preço dos suínos (7,9%), e carnes industrializadas de boi (39%) e frango (18%) subiram em julho, na comparação com o mesmo mês do ano passado.
Os pescados nacionais também perderam mercado, com forte redução de 18,3% nas vendas do mês. Somente o camarão congelado reduziu suas vendas em 29,5%, de US$ 20 milhões para US$ 14 milhões.
Entre os produtos importados, o trigo (72,1%) e a borracha natural (79,7%) foram os que apresentaram maior evolução na balança comercial, com crescimento das compras acima dos 70%. Em terceiro lugar ficou o milho, com crescimento de 36,3% nas importações, sempre em relação a julho do ano passado.
A venda de alguns produtos do agronegócio apresentaram crescimento considerável no mês passado. Foi o caso de cereais, com 514% de aumento, e papel e celulose, cujas vendas tiveram elevação de 25,4%. Os grupos de leite, laticínios e ovos; couro e seus produtos; café, chá, mate e especiarias; e madeireiro tiveram alta semelhante, todos na faixa dos 15%.


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