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NEGÓCIOS
Após captar US$ 12,5 bi, Vale opta por "pequenas aquisições"
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
Na contramão das expectativas de mercado, a Vale
descartou ontem fazer qualquer aquisição "de grande
porte". Não usará os US$ 12,5
bilhões obtidos com a oferta
global de ações, concluída
anteontem, para esse fim, segundo o presidente da companhia, Roger Agnelli.
"Uma grande aquisição
não é prioridade. Pequenas
aquisições, sim, desde que
possam agregar à nossa base
de ativos." O foco, diz ele, são
empresas que sejam complementares às atividades da
Vale. Ele citou o exemplo da
mineradora da cobre Caraíba Metais, controlada pela
Paranapanema, com a qual a
Vale negocia.
Segundo Agnelli, a "prioridade absoluta" será o "crescimento orgânico", com o
desenvolvimento de 24 novos projetos e a expansão de
outros cinco atuais. Por isso,
diz, a empresa se antecipou a
possível piora do cenário
mundial de crédito e assegurou recursos por meio da
oferta global para deslanchar
seu plano de investimentos.
O programa consumirá
US$ 59 bilhões, mas a cifra
deve ser corrigida para cima,
de acordo com o presidente
da Vale. Um dos motivos é a
alta dos custos.
Tais empreendimentos
elevarão até 2012 a produção
de minério de ferro da companhia em 7,4%; a de pelotas,
em 10,5%; a de alumina, em
13,8%; a de carvão (mercado
incipiente para a Vale), em
46,8%; a de cobre, em 15,8%;
e a de níquel, em 15,4%.
"A Inco vai dobrar a produção de níquel [de 248 mil
toneladas para 507 mil toneladas]. Em quatro anos, vamos fazer o que a Inco demorou cem anos para fazer. A
produção de cobre também
vai dobrar", afirmou Agnelli.
Sobre a queda do lucro, o
diretor-executivo de Finanças da Vale, Fábio Barbosa,
disse que foi "meramente
um efeito contábil", provocado pela valorização cambial.
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