|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Emprego nos EUA anima investidor, e Bolsa sobe 1%
Na semana, alta é de 2,86%;
dólar termina a R$ 1,822
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A Bolsa de Valores de São
Paulo encerrou a semana acima dos 56 mil pontos, rondando os patamares que praticava
há um ano. A valorização acumulada na semana ficou em
2,86%, e 54 das 64 ações que
formam o Ibovespa terminaram o período com ganhos.
O pregão de ontem foi animado pelos dados do mercado
de trabalho norte-americano,
que surpreenderam positivamente e reavivaram a impressão de que o pior da crise está ficando para trás. A Bovespa subiu 1,03% ontem, para 56.329
pontos. No ano, a valorização
está acumulada em 50%.
O resultado da Bolsa brasileira acompanhou o ritmo mundial. Os mercados acionários
subiram nos principais centros
financeiros. Nos EUA, o índice
Dow Jones fechou com apreciação de 1,23%. A Bolsa de
Londres ganhou 0,87%.
O Departamento do Trabalho dos EUA divulgou que foram fechadas 247 mil vagas em
julho -o mercado estimava
cerca de 320 mil cortes. Para a
taxa de desemprego, houve recuo de 9,5% para 9,4%.
"Tudo indica que a situação
do mercado de trabalho está
melhorando nos EUA. No entanto, sempre é bom assinalar
que os recentes dados econômicos não estão positivos, mas
menos piores do que antes. Ao
que parece atingimos um fundo, mas a volta à superfície será
lenta", afirma, em relatório, o
departamento econômico da
Gradual Investimentos.
"Acreditamos que o Ibovespa
poderá alcançar os 62 mil pontos. Isso quer dizer que até o
fim do ano a Bolsa deve avançar
mais 10%. Porém, a velocidade
de apreciação até agora apresentada nos parece exagerada",
diz a Gradual.
Para o câmbio, as operações
de ontem terminaram com o
recuo de 0,82% da moeda americana. Cotado a R$ 1,822, o dólar não encerrou a semana em
seu preço recente mais baixo
-na quarta fechou vendido a
R$ 1,81. No ano, o dólar registra
depreciação de 21,94%. No
mês, a baixa é de 2,31%.
A entrada de dólares no mercado brasileiro nas últimas semanas é um dos pontos que
têm favorecido o fortalecimento do real.
Nos pregões da Bolsa brasileira, o que se vê é a continuidade dos aportes de capital externo. Até o dia 4, o saldo mensal
das operações externas feitas
com ações brasileiras já estava
positivo em R$ 966,6 milhões.
Em todo o mês de julho, esse
saldo ficou positivo em R$ 2,2
bilhões.
No ano, o balanço dos negócios da categoria está positivo
em R$ 13,28 bilhões, o que significa a recuperação de mais da
metade do capital externo que
fugiu da Bolsa em 2008 (R$
24,63 bilhões).
Com a elevada valorização da
Bovespa em dólares no ano, os
estrangeiros podem ficar mais
tentados a venderem as ações
para embolsar ganhos. Em dólares, a Bolsa totaliza alta acumulada de 92,29%.
Oscilação das ações
O setor aéreo foi o destaque
da Bovespa ontem, liderando as
altas no dia. A informação de
que a Gol registrou novo aumento da taxa de ocupação de
suas aeronaves no mês atraiu
os investidores. A ação preferencial da Gol subiu 10,10%. A
concorrente TAM também
acabou por ser beneficiada pelo
ânimo do investidor, e suas
ações subiram 6,86%.
Outro segmento com bom
desempenho ontem foi o bancário. O Itaú Unibanco, que
apresenta seu resultado no
próximo dia 11, registrou o terceiro maior volume de negócios ontem (com 5,5% do total)
e suas ações preferenciais tiveram ganhos de 2,91%. O papel
do Bradesco subiu 2,17%.
Texto Anterior: Parcelamento de dívida para municípios deve somar R$ 38 bi Próximo Texto: Vaivém das commodities Índice
|