São Paulo, sábado, 08 de setembro de 2007

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Mercado Aberto

GUILHERME BARROS - guilherme.barros@uol.com.br

Cartão de crédito empresarial é pouco explorado no país

O uso do cartão de crédito empresarial ainda é pequeno entre as micro e pequenas empresas. A conclusão é de pesquisa da FGV encomendada pelo Sebrae, com base em dados das próprias entidades, do sistema financeiro e do setor público.
Segundo Alexandre Guerra, responsável pela unidade de acesso ao serviço financeiro do Sebrae, um dos motivos para o baixo uso desse meio de pagamento pelas empresas de menor porte pode ser o fato de que esses cartões ainda não estão completamente adequados ao formato dos pequenos negócios.
Apenas 27,24% dos microempreendedores têm acesso ao cartão de crédito empresarial, de acordo com o levantamento. Desse total, só 6% utilizam efetivamente o cartão como forma de pagamento de suas contas.
A movimentação com dinheiro em espécie é a forma de pagamento mais praticada pelos microempreendimentos -67% deles usam esse meio para pagar suas contas. O cheque é utilizado por 22%. Outros 2% usam transferências eletrônicas.
Nas pequenas empresas, o cenário é bem parecido. São 55% as que usam cheques e 31% delas pagam com dinheiro em espécie. O cartão é utilizado por apenas 5% dos pesquisados e 7% fazem transferências eletrônicas.
Nas empresas de médio porte, 63% usam cheque, 19% optam pelo dinheiro, 12% usam as transferências eletrônicas e somente 5% preferem pagar suas contas por meio dos cartões.
O baixo uso do cartão empresarial pode ser explicado, de acordo com Guerra, em primeiro lugar, pelo desconhecimento por parte do empresariado a respeito desse meio de pagamento.
Outra razão está no limite de crédito desse tipo de plástico, que é menor que o limite do cartão pessoal.
O serviço prestado também deixa a desejar. Os emissores, de acordo com o Sebrae, conhecem pouco sobre o perfil do empresário.
O serviço que vem acoplado ao cartão é o seguro viagem, que o microempresário usa pouco. "O mais longe para onde ele vai é o município ao lado", diz Guerra.
Uma sugestão levantada pela pesquisa é a mudança na cobrança da anuidade. Em vez de cobrar do empresário um pagamento anual pelo uso, eles sugerem que seja cobrada taxa pela não-utilização.

FOCO FIRME

Petróleo e energia são os dois principais focos do Banco CR2. Desde que realizou o IPO (oferta inicial de ações), em abril deste ano, o banco adotou uma meta que, segundo o próprio CEO, Claudio Coutinho, é "agressiva" -o objetivo é crescer 150% até junho de 2008. "Nossa carteira é hoje de R$ 40 milhões e a idéia é chegar a R$ 100 milhões até junho do ano que vem. É provável que a gente se reestruture para esse tipo de operação", diz. Segundo Coutinho, o banco financia fornecedores e prestadores de serviço das cadeias produtivas (energia e petróleo). Apesar de a sede estar localizada no Rio de Janeiro, o CR2 atende clientes de todo o país. "Temos 20 "officers" que viajam o Brasil inteiro."

"Agora é expansão agressiva. Estamos crescendo mais de 20% ao mês e a idéia é expandir 150% até junho de 2008"


CLAUDIO COUTINHO
CEO do banco CR2


A VOLTA DO DRAGÃO
O índice que mede a expectativa do consumidor em relação à situação financeira (IEC), calculado pela Fecomércio-RJ, mostra que, em agosto, os moradores da região metropolitana do Rio estiveram menos otimistas que no mesmo período de 2006. O bolso do consumidor sentiu um peso da inflação maior que em agosto do ano passado, pressionado pelo preços dos alimentos. Para o presidente da instituição Orlando Diniz, a sensação é normal para o mês.

HIGH-TECH
A Longplay, do Grupo Newcomm, começa a divulgar empreendimentos imobiliários com integração das tecnologias SMS e Bluetooth. Os interessados em obter informações sobre o empreendimento Move!, da Bárbara, Rofer e Abyara, em São Paulo, poderão enviar mensagens de texto para um número específico, localizado nas peças de campanha. Nos estandes, serão instalados aparelhos com Bluetooth para os clientes fazerem downloads.

"SMOKE FREE"
A rede Ibis acaba de lançar, no Brasil, o projeto "Hotel 100% Não-Fumante", que prevê a operação integral das unidades São Paulo Paulista, Vitória Praia do Canto e Curitiba Centro Cívico para hóspedes que procuram ambiente não-fumante. A rede deverá ter cinco unidades até o final do ano, em cidades onde existem mais de uma unidade. A Ibis conta com 42 hotéis em operação no Brasil.

NOVO CEP
A baiana Trudys abre "flagship store", em SP, nos Jardins, na segunda.

PETECA
O comprador de imóvel de Belo Horizonte valoriza quadras para jogar peteca e cerca de 40% deles possuem animais de estimação. A constatação é de uma pesquisa realizada com moradores de 33 bairros da cidade, com o objetivo de definir os moldes de novos investimentos e empreendimentos imobiliários, realizada pela InPar. A incorporadora está ampliando sua área de atuação e tem dois lançamentos programados para a capital mineira. Do total de pessoas ouvidas para a pesquisa, 62% residem há seis anos em imóvel próprio e têm, em média, dois carros.

Empresa nacional de cenografia abre escritório em Paris

Especializada em marketing cenográfico e responsável por trabalhos como a ambientação do espaço da Havaianas nas Galeria Lafayette, na França, nos últimos dois anos, a Criacittá abre seu primeiro escritório no exterior. A cidade escolhida foi Paris, pela proximidade com os clientes internacionais.
Neste mês, a Criacittá já tem agendadas ambientações na feira Micam, de Milão, e para a Brazilian Footwear, na GDS, em Düsseldorf. Na carteira de clientes estão marcas como Sadia e Avon, entre outros nomes.


com ISABELLE MOREIRA LIMA e JOANA CUNHA


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