São Paulo, segunda-feira, 08 de setembro de 2008

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Candidatos à Casa Branca apóiam decisão de Bush

DO ENVIADO ESPECIAL A NOVA YORK

É nessas horas que fica difícil para o público em geral entender a diferença entre democratas e republicanos. Tanto Barack Obama como John McCain soltaram declarações apoiando a decisão do governo George W. Bush de fazer uma intervenção nas maiores operadoras de empréstimos imobiliários do país.
Falou mais alto a proteção dos consumidores norte-americanos. Os dois candidatos a presidente consideraram necessário o pacote de salvação.
"Dado o papel substancial que a Fannie Mae e a Freddie Mac têm no nosso sistema imobiliário, eu acredito que alguma forma de intervenção seja necessária para impedir que se espalhe uma crise maior", disse Obama.
McCain também falou, logo cedo, no programa "Face the Nation", da CBS. "Tinha de ser feito", disse ele, para quem é necessário "uma reconstrução e uma reorganização" do sistema de financiamento imobiliário. No caso da operação de socorro, a resposta do republicano foi parecida com a do oponente democrata, afirmado que o pacote de resgate serve para evitar uma "espiral" na economia do país.
Como está numa fase de tentar se distanciar do governo federal, comandado por George W. Bush, do seu partido, McCain aproveitou para dizer que a derrocada da duas empresas de crédito imobiliário é mais um "exemplo clássico do por que é necessário mudança em Washington".
O secretário do Tesouro dos EUA (equivalente ao ministro da Fazenda, no Brasil), Henry Paulson, conversou com os dois candidatos antes do anúncio.
do plano. É comum nesta fase da campanha eleitoral (a eleição é em 4 de novembro) que os candidatos sejam consultados pelo governo no caso de uma decisão importante estar para ser tomada, sobretudo porque os efeitos se estenderão por vários anos.
Obama não quis dar detalhes sobre o seu contato com Paulson, dizendo apenas ter sido uma "conversa longa". Já McCain aproveitou para tirar uma casquinha política da situação. Quis mostrar intimidade com o poder e afirmou ter perguntado ao secretário do Tesouro os efeitos para os contribuintes norte-americanos.
Segundo relato do republicano, Paulson teria dito que os contribuintes "serão os primeiros a receber de volta" o que for gasto agora na operação de salvamento -depois que o sistema for estabilizado. McCain prega mais "regulamentação e mais transparência" nesse mercado e tem prometido trabalhar para que o Congresso aprove uma lei para tapar os buracos que permitiram a situação se deteriorar ao ponto atual. (FERNANDO RODRIGUES)

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