São Paulo, terça-feira, 08 de outubro de 2002

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COMÉRCIO EXTERIOR

Nível de exportações continua menor que em 2001; mercados elevam projeção de saldo para US$ 8,9 bi

Superávit comercial sobe para US$ 8,2 bi

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 364 milhões na primeira semana de outubro. Com esse resultado, o saldo positivo acumulado desde janeiro chega a US$ 8,222 bilhões.
Faltando ainda quase três meses para o fim do ano, o país precisa fazer apenas mais US$ 1,278 bilhão de superávit para atingir a última projeção do Ministério do Desenvolvimento, que é encerrar 2002 com um superávit de US$ 9,5 bilhões na balança comercial.
Se a estimativa se confirmar, o país terá feito neste ano o maior superávit depois de 1994, quando fechou em US$ 10,5 bilhões.
O saldo da balança, no entanto, continua sendo produzido pela queda das importações, que tem sido mais acentuada do que a das exportações, um sintoma do câmbio alto e da redução no nível de atividade econômica.
No ano, as exportações somam US$ 44,654 bilhões, queda de 1,7% em relação ao mesmo período de 2001. No mesmo período, as importações somam US$ 36,432 bilhões, com queda 17,6% em relação a 2001.
O superávit da balança na semana passada foi resultado de exportações de US$ 1,136 bilhão e importações de US$ 772 milhões. A média diária de exportações ficou em US$ 284 milhões. A média diária das importações foi de US$ 193 milhões na semana.

Focus
O mercado financeiro elevou suas projeções de saldo comercial. De acordo com pesquisa realizada pelo Banco Central, divulgada ontem no boletim Focus, as estimativas subiram de um superávit na balança de US$ 8,1 bilhões, em 2002, para US$ 8,9 bilhões. Para 2003, a expectativa é de resultado positivo de US$ 11 bilhões, ante os US$ 9,5 bilhões previstos anteriormente.
Em consequência, o mercado reviu para baixo as projeções de déficit nas contas externas). De US$ 16 bilhões, os bancos esperam agora US$ 15,25 bilhões para 2002. Para o ano que vem, o déficit seria de US$ 13,90 bilhões, e não mais de US$ 14,85 bilhões.
As estimativas para investimento direto estrangeiro na economia permaneceram inalteradas para este ano, em US$ 16 bilhões. Para 2003, no entanto, houve pequeno recuo, de US$ 16 bilhões esperados anteriormente para US$ 15,45 bilhões. Os bancos esperam que a inflação neste ano fique um pouco mais alta. As previsões para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) subiram de 6,76% para 6,91%. Para 2003, de 5,50% para 5,53%.


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