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Perdas de fundos de pensão chegam a R$ 38 bi, diz entidade
JULIANNA SOFIA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os fundos de pensão já amargam perda superior a R$ 40 bilhões com a queda na Bolsa. De
acordo com a Abrapp (Associação Brasileira de Entidades Fechadas de Previdência Complementar), até setembro a estimativa era de retração de R$ 37,8 bilhões nas aplicações das
entidades em renda variável.
A projeção divulgada pela associação ainda não considera o
comportamento do mercado
em outubro. Números oficiais
tabulados pela SPC (Secretaria
de Previdência Complementar), considerando perdas e ganhos dos fundos neste ano,
mostram que o superávit das
entidades encolheu R$ 17 bilhões de janeiro a agosto.
O secretário de Previdência
Complementar, Ricardo Pena,
afirmou que a secretaria está
"monitorando" a situação.
Na semana passada, o CGPC
(Conselho de Gestão da Previdência Complementar) aprovou resolução impondo critérios mais rigorosos aos fundos
no momento de destinar seus
superávits. A medida visa exigir
maior grau de conservadorismo das entidades de previdência complementar na apuração
de seus resultados.
De acordo com a Abrapp, no
início de janeiro os fundos tinham em renda variável R$ 160
bilhões. De janeiro a setembro,
esse valor caiu R$ 37,8 bilhões.
No entanto, os investimentos
das entidades em renda fixa
renderam R$ 29,4 bilhões.
"Considerando esses dois valores, estima-se uma variação patrimonial negativa das entidades em setembro deste ano de
aproximadamente R$ 8,4 bilhão", informa a Abrapp.
Já o valor do superávit divulgado pela SPC considera todos
os investimentos do fundo até
agosto, incluindo aplicações
em imóveis. Em dezembro do
ano passado, o superávit total
dos planos de previdência era
de R$ 76 bilhões. Entre os planos com déficit, informou a secretaria, o resultado negativo
chega a R$ 24,6 bilhões.
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