MARIA CLARA CABRAL
ANDREZA MATAIS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A medida provisória editada pelo governo para tentar contornar os efeitos da crise no Brasil foi bem recebida pelos líderes da base de apoio ao presidente Lula e da oposição no Congresso. Todos defenderam votação rápida.
Congressistas da oposição, porém, criticam a demora do governo e também o presidente Lula, que tenta "cegar os brasileiros". O líder do PSDB na Câmara, José Aníbal (SP), afirmou que a proposta lembra o Proer dos Bancos, medida adotada por FHC que foi muito criticada pelo PT. Já o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, foi elogiado até por oposicionistas.
A MP -que muda a forma como o BC faz empréstimos para socorrer bancos, o chamado redesconto- começa a ter prioridade de votação na Câmara em 45 dias. Antes, os deputados precisam apreciar outras três MPs e dois projetos de lei. Um é o que cria o fundo soberano, apoiado pelo governo como forma de contornar a crise. Mas a oposição é contra a idéia.
DEM, PSDB e PPS também são contra a votação da primeira MP da pauta, que acaba com o risco cambial para exportadores transformarem em reais os dólares recebidos. Eles propõe a retirada dessas duas propostas para votar a nova medida.


Texto Anterior: Banco que deve ao governo poderá ter crédito
Próximo Texto: Perdas de fundos de pensão chegam a R$ 38 bi, diz entidade
Índice