São Paulo, terça-feira, 08 de novembro de 2005

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MERCADO ABERTO

ALL estuda comprar Brasil Ferrovias

Apesar de declarar que o processo ainda está incipiente, o presidente da ALL (América Latina Logística), Bernardo Hees, afirma que a empresa tem interesse na compra da Brasil Ferrovias. Segundo ele, o negócio oferece uma série de sinergias interessantes para a operação da companhia.
"Se a operação fizer sentido, for viável, ótimo. Mas o processo está muito no começo. É preciso haver uma formalização primeiro", diz o presidente da ALL.
Hees, no entanto, diz acreditar que a solução para o negócio tem boas perspectivas para ser atingida com rapidez. "Acho que os sócios estão com vontade de dar velocidade ao negócio. Eles estão encaminhando a questão muito bem e me parecem dispostos a resolver isso."
A ALL concentra seus negócios na região Sul do país. Por meio de outros meios de transporte, como o rodoviário, a empresa consegue buscar produtos em outros Estados, como em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás. A Brasil Ferrovias seria uma opção para ampliar a área de atuação "mais para o norte do país", afirma Hees.
Os recursos para uma eventual compra da Brasil Ferrovias viriam dos cofres da própria ALL, diz o empresário.
Em 2005, a empresa reverteu os prejuízos causados pela seca no Rio Grande do Sul. Hees afirma que a ALL diversificou seus negócios com a operação de transporte da safra de grãos de Estados da região Centro-Oeste.
A empresa deve investir diretamente cerca de R$ 260 milhões no ano que vem, com a compra de 40 novas locomotivas. Com o dinheiro investido por clientes na aquisição de vagões, esse valor pode chegar a R$ 500 milhões.
A expectativa da companhia para o ano que vem é de melhora na safra agrícola. De acordo com Hees, as notícias têm sido positivas, como o aumento da área plantada e a ampliação do transporte de fertilizantes.

TENDÊNCIA ON-LINE
As operações pela internet entre empresas e fornecedores, o chamado "e-procurement", estão cada vez mais comuns. Estudo da Associação Brasileira de e-Business aponta que 70% das médias empresas já utilizam ferramentas de internet em suas compras de suprimentos. O volume total dessas compras também tem crescido -deve subir 15% neste ano. Segundo Richard Lowenthal, presidente da entidade, em 2005 as empresas investiram basicamente na implantação das ferramentas de compras on-line. No ano que vem, os recursos começarão a ser alocados para a própria compra, com a alta do número de fornecedores. "As empresas estão aprendendo a como reduzir custos com as compras pela internet", afirma. Esse fenômeno se reflete nas prioridades de investimento, que, em 2006, devem mudar da estruturação interna para um ambiente de maior relacionamento com parceiros e fornecedores (gráfico acima).

CONEXÃO ISRAEL
Geraldo Alckmin, que lidera missão de empresários, será o único palestrante da América Latina no principal evento de negócios de Israel (uma conferência para exportação e cooperação), na quinta, em Tel Aviv.

BOTECO POPULAR
A segunda edição do Boteco Bohemia bateu recordes. Foram preenchidas 52,5 mil cédulas de votação, ante 40 mil em 2004. Na média geral dos 31 bares participantes, a venda dos petiscos concorrentes dobrou, e a freqüência aumentou 50% em outubro.

EFEITO BRASIL
A americana Alliant Energy teve lucro de US$ 112,5 milhões de janeiro a setembro, mas o valor poderia ter sido maior não fosse uma provisão de US$ 136 milhões envolvendo a holding Cataguazes-Leopoldina no Brasil.

DEU ZEBRA
Diferentemente da expectativa geral, as exportações de carne têm subido em novembro. Nos primeiros três dias úteis do mês, a média diária de exportação de carnes foi maior do que a do mesmo mês de 2004. Apesar da aftosa e do embargo de 49 países, a média subiu de US$ 9,2 milhões em 2004 para US$ 10,8 milhões neste mês. A tendência ainda é as exportações caírem em novembro, mas os dados iniciais indicam que as apostas mais pessimistas em relação aos efeitos da aftosa sobre a balança comercial podem não se confirmar.

NOVA CONTA
O governo do Paraná decidiu centralizar a conta da folha de pagamento de seus servidores no Banco do Brasil. São cerca de 200 mil servidores e R$ 440 milhões de recursos. O BB possui 4,5 milhões de servidores que recebem salários por meio do banco.

PARA O INVESTIDOR
O Safra é o primeiro banco a distribuir os guias de investidores personalizados da Anbid -serão 10 mil unidades. O objetivo é disseminar conhecimento sobre investimento pessoal.

PRESSÃO DA INDÚSTRIA
Às vésperas da ministerial de Hong Kong, só a pressão de entidades representativas da indústria ao redor do mundo pode mudar os rumos da Rodada Doha da OMC. A avaliação e a sugestão de que empresários devem se unir em prol do fim dos subsídios agrícolas dos ricos partiu do vice da Confederação das Indústrias da Holanda, Arie Kraaijeveld, que participou de almoço na Fiesp ontem, com a ministra de comércio exterior do país, Maria van der Hoeven.

TURISMO EM ALTA
O grupo Atlantica anuncia hoje a abertura de mais três resorts no país em dezembro, um na região de Porto de Galinhas (Pernambuco) e dois no interior de SP, em Araçatuba e Itupeva. Os empreendimentos receberam quase R$ 90 milhões em recursos de um pool de investidores.

NOVO PERFIL
Estudo recente da Braincast Marketing em São Paulo apontou que 48% dos que procuram uma oficina para consertar o carro indicam hoje também o produto de sua preferência, seja por fidelidade à marca ou preço.

ALTO LEBLON
Com a proposta de ser a versão carioca do Iguatemi, o mais requintado de SP, o shopping Leblon trabalha para atrair lojistas do vizinho. Renato Rique, presidente da Nacional Iguatemi, sócia do projeto, apresentou a proposta do empreendimento a empresários de SP, como Tufi Duek (Forum e Triton), Renato Kherlakian (Zoomp) e Nelson Alvarenga (Ellus). Segundo Rique, a localização do shopping -próximo a bairros como Ipanema, Jardim Botânico e Gávea- é o grande atrativo para esses empresários. Ele diz que as lojas paulistas não terão problemas de adaptação. "O carioca é mais despojado, mas essas redes têm linhas mais leves." O investimento estimado no projeto, que deve ficar pronto em 2006, é de R$ 300 milhões .


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