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MERCADO FINANCEIRO
Queda nos juros futuros aponta expectativa do mercado de corte da Selic; Bolsa subiu 3,7%
Cenário externo faz juro futuro recuar
DA REPORTAGEM LOCAL
O mercado passou a apostar
mais fortemente em um possível
corte na taxa básica da economia
pelo Copom (Comitê de Política
Monetária) em sua reunião daqui
a duas semanas. A queda nas taxas de juros futuros apontam essa expectativa.
Os contratos futuros de DI (Depósito Interfinanceiro) negociados na BM&F, que representam
as projeções dos juros, começaram a recuar depois do pronunciamento do presidente do Fed
(Banco Central dos EUA), Alan
Greenspan, na terça, de que pode
vir a reduzir os juros do país.
A aprovação do orçamento argentino pelo Senado também repercutiu positivamente.
O contrato DI mais negociado,
com vencimento em julho do
próximo ano, terminou os negócios ontem com taxa de 18,24%.
Na sexta-feira passada, havia fechado em 18,73%.
Gilberto Forquin, do banco Fator, é um pouco mais cauteloso.
Para ele, os problemas no cenário
externo ainda continuam.
"Acredito que o Banco Central
continue conservador e não mexa na taxa básica da economia
ainda neste ano."
A taxa de operações prefixadas
de um ano, indicada pelos contratos de DI a termo, caíram para
17,80%. Há um mês, quando a
economia da Argentina era mais
preocupante, ela chegou a alcançar os 19%.
O contrato com prazo mais
curto, de janeiro de 2001, foi negociado abaixo da atual taxa Selic
(16,5%) e terminou ontem em
16,36%.
A Bovespa repercutiu os mesmos fatores positivos e ignorou a
queda das Bolsas norte-americanas. Depois de operar durante toda a tarde acima dos 14 mil pontos, a Bolsa paulista fechou com
alta de 3,68%.
Na opinião de Nicolas Balafas,
do BNP Asset Management, "os
preços das ações estão muito depreciados, com perdas acumuladas desde agosto". Isso também
favoreceu a alta.
As ações preferenciais da Petrobras, que haviam ficado entre as
maiores quedas anteontem, subiram 1,32% e lideraram o pregão
com 20% de participação.
O dólar comercial terminou o
dia praticamente estável. Com alta de 0,10%, a moeda norte-americana fechou a R$ 1,975 (cotação
para venda).
(FABRICIO VIEIRA)
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