São Paulo, sexta-feira, 08 de dezembro de 2000

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MERCADO FINANCEIRO

Queda nos juros futuros aponta expectativa do mercado de corte da Selic; Bolsa subiu 3,7%

Cenário externo faz juro futuro recuar



DA REPORTAGEM LOCAL

O mercado passou a apostar mais fortemente em um possível corte na taxa básica da economia pelo Copom (Comitê de Política Monetária) em sua reunião daqui a duas semanas. A queda nas taxas de juros futuros apontam essa expectativa.
Os contratos futuros de DI (Depósito Interfinanceiro) negociados na BM&F, que representam as projeções dos juros, começaram a recuar depois do pronunciamento do presidente do Fed (Banco Central dos EUA), Alan Greenspan, na terça, de que pode vir a reduzir os juros do país.
A aprovação do orçamento argentino pelo Senado também repercutiu positivamente.
O contrato DI mais negociado, com vencimento em julho do próximo ano, terminou os negócios ontem com taxa de 18,24%. Na sexta-feira passada, havia fechado em 18,73%.
Gilberto Forquin, do banco Fator, é um pouco mais cauteloso. Para ele, os problemas no cenário externo ainda continuam. "Acredito que o Banco Central continue conservador e não mexa na taxa básica da economia ainda neste ano."
A taxa de operações prefixadas de um ano, indicada pelos contratos de DI a termo, caíram para 17,80%. Há um mês, quando a economia da Argentina era mais preocupante, ela chegou a alcançar os 19%.
O contrato com prazo mais curto, de janeiro de 2001, foi negociado abaixo da atual taxa Selic (16,5%) e terminou ontem em 16,36%.
A Bovespa repercutiu os mesmos fatores positivos e ignorou a queda das Bolsas norte-americanas. Depois de operar durante toda a tarde acima dos 14 mil pontos, a Bolsa paulista fechou com alta de 3,68%.
Na opinião de Nicolas Balafas, do BNP Asset Management, "os preços das ações estão muito depreciados, com perdas acumuladas desde agosto". Isso também favoreceu a alta.
As ações preferenciais da Petrobras, que haviam ficado entre as maiores quedas anteontem, subiram 1,32% e lideraram o pregão com 20% de participação.
O dólar comercial terminou o dia praticamente estável. Com alta de 0,10%, a moeda norte-americana fechou a R$ 1,975 (cotação para venda).
(FABRICIO VIEIRA)


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